Vivemos dentro de uma bolha com 1000 anos-luz de largura. O seu magnetismo já foi mapeado

NASA

O projeto procura descobrir mais informações sobre a Bolha Local e entender como é que estas superbolhas influenciam a formação de estrelas.

O nosso Sistema Solar fica dentro de um espaço na Via Láctea conhecido como a “Bolha Local”. Esta bolha tem 1000 anos-luz de uma ponta à outra e tem pouco material interestelar.

Os astrónomos embarcaram numa missão para criar um mapa magnético da Bolha Local. Os resultados foram apresentados na 241.ª reunião da Sociedade Astronómica Americana, escreve o IFLScience.

“Criar este mapa 3D da Bolha Local vai ajudar-nos a examinar as superbolhas de formas novas. Ao aprendermos mais sobre as mecânicas exatas da Bolha Local, onde vive o Sol, podemos aprender mais sobre a evolução e as dinâmicas das superbolhas no geral”, afirma Theo O’Nell, do Centro de Astrofísica de Harvard e líder do projecto.

Os campos magnéticos têm um papel importante nas estruturas galáticas, mas é díficil maepar os campos enormes mas fracos que se estendem ao longo de milhares de anos-luz.

“As simulações de computador de hoje em dia e todas as pesquisas ao céu podem finalmente ser boas suficiente para começarem mesmo a incorporar os campos magnéticos na nossa imagem mais alargada de como o universo funciona, desde o movimento de pequenos grãos de pó até às dinâmicas de aglomerados de galáxias”, afirma a professora de Harvard Alyssa Goodman.

A equipa conseguiu inferir e mapear os campos magnéticos usando os movimentos de estrelas que foram observados pelo telescópio Gaia e também recorrendo à localização do pó galático revelado pelo Telescópio Espacial Planck.

Os cientistas produziram o seu mapa 3D a partir da sua suposição – que de momento não se pode comprovar – de que tanto o pó como os campos magnéticos que produzem a polarização estão concentrados na superfície em expansão da bolha.

A esperança dos cientistas é de que a tecnologia futura permita aos astrónomos confirmar estas teorias. Goodman acredita ainda que a influência lenta dos campos magnéticos mais fracos na formação das estrelas tem sido negligenciada e acredita que o seu projeto vai ajudar a mudar este panorama.

ZAP //

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