Mais de um ano depois da sua morte, a esposa de Robin Williams decidiu finalmente esclarecer os motivos que levaram o ator norte-americano a suicidar-se.
Em entrevista ao canal ABC News e à revista People durante esta semana, Susan Schneider, a viúva do ator norte-americano, quis pôr os pontos nos is sobre o verdadeiro motivo que levou o marido a suicidar-se em agosto do ano passado.
O ator sofria de Demência de Corpos de Lewy, uma doença neurodegenerativa tão semelhante ao Alzheimer e ao Parkinson que muitas vezes é difícil de ser distinguida.
Ao contrário do que se supôs na altura da sua morte – que Robin Williams estava a tentar ultrapassar uma depressão ou a lidar com o início da doença de Parkinson – a mulher do ator foi bem clara.
“Não foi a depressão que o matou. A depressão foi um dos 50 sintomas que tinha e era um dos pequenos”, afirmou Susan, acrescentando que a paranoia e a ansiedade eram outros dos sintomas causados pela doença.
Naquela que foi a sua primeira entrevista depois deste episódio que chocou o mundo, Susan disse não culpar o marido pela sua decisão, revelando que provavelmente o ator, que durante toda a sua vida fez rir os outros, só teria mais três anos de vida.
“Se tivesse sorte, Robin teria provavelmente mais três anos de vida. E seriam anos muito duros”, confirmou a viúva, citada pela Yahoo.
Na altura, as autoridades confirmaram que o ator morreu por asfixia, depois de ter sido encontrado morto “com um cinto no seu pescoço e com a outra extremidade presa entre a porta do armário e a porta da divisão”.
Susan diz que a maior lição que retira dos anos que viveu com o marido é que as pessoas não devem ter tanto medo das coisas.
“Tenho de lhe dizer isto: Perdoo-te 50 biliões por cento, do fundo do meu coração. Tu és o homem mais corajoso que eu já conheci”, disse Susan, lavada em lágrimas, no programa Good Morning America.
Susan e Robin estavam juntos há sete anos e eram casados há três. A viúva espera que o desfecho do marido seja uma forma de alertar para a gravidade da doença.
O ator ficou imortalizado pelos seus papéis em filmes como “Clube dos Poetas Mortos” e “Bom Dia Vietname”. Foi Popeye, foi Peter Pan, e recebeu um Óscar de Melhor Ator Secundário, em 1997, pelo seu papel em “O Bom Rebelde”, filme no qual contracenou com Matt Damon.
ZAP