Criar nanobiopesticidas e nanobiofertilizantes para combater pragas na viticultura, pensando no ambiente, na produção e nos custos.
A Universidade do Minho lidera um projeto europeu que quer passar para metade os agroquímicos utilizados na viticultura.
O projeto chama-se VINNY, junta 19 parceiros de 10 países e tem como prioridade criar nanobiopesticidas e nanobiofertilizantes para combater pragas na viticultura.
Desta forma, a ideia é proteger o ambiente, aumentar a produção, reduzir custos e enfrentar as alterações climáticas.
Recorde-se que a zona do mundo que mais produz vinho é precisamente a União Europeia, onde agora se aposta na produção ecológica e economicamente sustentável a partir do know-how português, lê-se em comunicado enviado ao ZAP pela Universidade do Minho.
A primeira reunião do projeto já decorreu, no Porto, onde se reforçou o objetivo de passar da viticultura intensiva para a sustentável à escala global.
“Vamos estudar os microbiomas de vinhas de Portugal, Espanha, Áustria e Dinamarca para formar cocktails potentes com perfis antifúngicos e fitofarmacêuticos que, por via da nanoencapsulação e estimulação, serão mais estáveis e eficazes”, começa por explicar a líder Margarida M. Fernandes, do Centro de Sistemas Microelectromecânicos (CMEMS) da Escola de Engenharia da UMinho.
A equipa vai ainda criar “biofertilizantes com nitrogénio, fósforo e potássio baseados em subprodutos da indústria da carne e do tratamento de águas residuais.
Este projeto vai propor agrotêxteis impregnados com aqueles nanobiofertilizantes, além de testes à eficiência, eficácia e segurança em laboratório, em áreas-piloto e no campo.
O VINNY engloba cinco universidades, onze empresas e três associações de dez países.