Villa romana “ricamente decorada” com “tábuas de maldição” desenterrada em Inglaterra

Red River Archaeology Group

A villa inclui vários artefactos que indicam que era palco de rituais religiosos e que os seus habitantes tinham um elevado estatuto social.

Uma equipa de arqueólogos na Inglaterra fez uma descoberta revolucionária na aldeia de Grove, no sul da Inglaterra, desenterrando um complexo de villa romana “notável” que lança nova luz sobre a história antiga da região.

A escavação, conduzida pelo Grupo de Arqueologia do Rio Vermelho (RRAG), revelou uma propriedade extensa que rastreia a atividade humana até à Idade do Bronze, evoluindo posteriormente para uma villa romana luxuosamente decorada entre o final do primeiro e início do segundo século, aponta o Live Science.

O complexo é notável pelas suas grandes construções com corredores laterais adornadas com uma gama de características ornamentais, incluindo reboco pintado, mosaicos, trabalho elaborado em azulejos, colunatas e pisos de tijolo.

Entre os destaques arquitetónicos estão quatro bases de colunas ou postes massivas, algumas das maiores já encontradas da era romana na Grã-Bretanha, sublinhando a importância da villa em contextos históricos locais e mais amplos.

Adjacente a estas estruturas, os arqueólogos descobriram uma villa com corredores laterais, composta por vários quartos ligados por um corredor central.

A riqueza do local é ainda enfatizada pela variedade de artefatos descobertos durante a escavação. Itens como moedas, anéis, broches, louça de barro vermelho e até uma fivela de cinto única com cabeça de cavalo datada de 350 a 450 d.C. indicam o alto estatuto social dos seus habitantes.

Esta fivela particular, provavelmente associada a elites militares, destaca as conexões da villa com as hierarquias militares e sociais romanas mais amplas.

Entre as descobertas mais intrigantes estão machados em miniatura e uma série de rolos de chumbo firmemente enrolados, que, ao serem desenrolados, assemelham-se a tábuas de maldição romanas.

Os cientistas acreditam que esses artefactos tenham sido usados em rituais, o que sugere que a villa pode ter sido um centro de atividades rituais dedicadas a deuses marciais ou outras divindades.

Esta descoberta não só fornece dados inestimáveis sobre as dinâmicas arquitetónicas e sociais da Bretanha romana, mas também sobre as práticas religiosas e ritualísticas da época.

ZAP //

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