Andamos constantemente preocupados e esquecemo-nos de ser crianças. Há cinco rotinas que podem – ou devem? – ser alteradas.
Não gosto do meu emprego. Estou atrasado para ir buscar a criança à escola. Tenho que fazer o jantar. As compras estão mais caras. A televisão só dá notícias sobre crimes.
As preocupações consomem-nos, ocupam a grande maioria do nosso dia. Ainda por cima, ficámos mais anti-sociais por causa do coronavírus.
É difícil encontrarmos alguém que se divirta mais do que se preocupe.
Mas o contrário é que estaria correcto: ter uma vida mais divertida, alegre. Sem cair no desleixo, claro.
A National Public Radio juntou dicas do psicólogo Mike Rucker (que publicou um livro sobre o assunto no mês passado), da jornalista ligada à ciência Catherine Price, autora de outro livro, publicado no ano passado; e ainda de ouvintes daquela rádio.
Mike considera que procurar realizar experiências divertidas, que nos deixam felizes naquele momento, é mais valioso do que a busca pela felicidade, esse objectivo tão abstracto.
Porque a felicidade é um “estado de espírito”. E a diversão é “algo que podemos realmente fazer”.
A maioria das pessoas tem, no mínimo, duas horas por dia para se dedicar ao lazer, ao divertimento.
Então vamos às sugestões para tornar a nossa vida mais divertida. São cinco.
A primeira – e voltamos ao início deste artigo – é deixarmos de andar sempre preocupados com o facto de sermos ou não felizes. Quanto mais pensamos nisso, mais facilmente nos desiludimos. A diversão é mais fácil de ser alcançada. Beber um café com um amigo pode ser um momento muito divertido. Estamos felizes naquele instante, naquele dia.
A segunda é encontrarmos os nossos “ímanes divertidos”. Ou seja, pousar o vício do telemóvel durante um momento e pensar: eu fico realmente divertido com o quê? Procurar actividades que nos encham, sobretudo que envolvam outras pessoas.
O nosso calendário deverá ser mais divertido do que é. Depois de encontrarmos as actividades divertidas que queremos fazer, vamos inclui-las na nossa agenda. Muitas vezes, o destaque da semana será precisamente esse momento de diversão.
Já abordámos este ponto ali em cima: deixe de estar tanto tempo ao telemóvel, ou em frente à televisão. Se precisa do telemóvel para trabalhar, entende-se; mas não se “estique” mais do que isso. É uma “fuga enganosa” ao tédio ou ao desconforto. A tecnologia pode ser inimiga da diversão. Repetimos: procure actividades em grupo.
Por fim, partilhe. Se teve um momento divertido, conte aos seus familiares e amigos. É uma forma de amplificação e de incentivar os outros a seguir o seu exemplo.