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Venezuela, BES e BCP lideram transferências para offshores (mas não se sabe para onde foi o dinheiro)

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(dr) Laura Haanpaa

Entre os mais de 18.200 milhões de euros que saíram de Portugal para offshores, durante os três anos de apagão do Fisco, 60% foi enviado pela Petróleos da Venezuela (PDVSA), pelo BES pelo BCP. Mas não se sabe que destino teve o dinheiro.

O apagão do Fisco entre os anos de 2011 e 2014, não permitiu registar toda a informação relativa à transferência de dinheiro para sociedades offshore. Uma circunstância que levou o Ministério Público a abrir um inquérito por suspeitas de sabotagem informática e abuso de poder.

Mas o Público apurou que 60% das transferências para offshores foram efectuadas por Petróleos da Venezuela (PDVSA), BES e BCP.

Empresas ligadas à Petróleos da Venezuela e ao governo venezuelano ordenaram transferências de 6.700 milhões de euros.

Sete empresas do GES, incluindo o BES Angola e as sucursais no Panamá e Ilhas Caimão, efectuaram operações de 2.500 milhões de euros. E quatro empresas do BCP em Angola, Ilhas Caimão e Macau fizeram transferências de 1.405 milhões de euros.

Os dados consultados pelo Público não revelam, contudo, porque é que as transferências foram feitas, nem o seu destino, nomeadamente para que país foi enviado o dinheiro, nem a conta a que chegou.

ZAP //

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