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Veado tailandês extinto há 80 anos “ressuscitou” sem ajuda científica

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Uma rara espécie de veado que vivia no centro da Tailândia pode ter regressado dos mortos sem a ajuda da engenharia genética.

O veado de Schomburgk (Rucervus schomburgki) foi adicionado à lista de extinção em 1938. Mas novas evidências, obtidas por chifres encontrados no final de 1990 ou no início de 1991, mostram que o animal sobreviveu por, pelo menos, mais meio século – e ainda pode estar vivo hoje.

A investigação foi publicada no fim de agosto na revista especializada Journal of the Bombay Natural History Society. Gary Galbreath, professor de ciências biológicas na Weinberg College of Arts and Sciences da Northwestern University, esteve envolvido no trabalho.

Depois de a população selvagem morrer devido à caça excessiva em 1932, o último veado conhecido morreu em cativeiro seis anos depois. Ou assim se pensava. Um homem no Laos encontrou um conjunto de chifres, aparentemente em boas condições, no início dos anos 90, que entregou a uma loja na província de Phongsali, no norte do Laos.

Em fevereiro de 1991, o engenheiro agrónomo das Nações Unidas Laurent Chazée fotografou os chifres. Galbreath e o seu colaborador G.B. Schroering analisou recentemente a condição física dos chifres.

Com base na estrutura altamente ramificada, em forma de cesto e hiper-ramificada dos chifres, a equipa determinou que os chifres pertenciam ao veado de Schomburgk.

Galbreath também confirmou que os chifres estavam frescos quando fotografados em 1991. Os chifres – manchados com sangue seco de vermelho escuro a castanho avermelhado – tinham sido arrancados da cabeça do cervo. A cor do sangue e a condição da medula óssea exposta ofereciam pistas sobre a idade dos chifres.

“A relativa antiguidade das amostras de chifres pode ser avaliada pelos materiais, como a medula seca”, disse Galbreath, especialista em vida selvagem asiática, em comunicado. “Até o sangue ainda estava avermelhado. Ficaria preto com o aumento da idade. Nos trópicos, os chifres não continuariam assim, mesmo em questão de meses.”

Antes de ser listados como “extinto”, o veado estava bem documentado na Tailândia. Galbreath acredita que uma pequena população também morava numa área remota no centro do Laos, onde ainda poderão viver hoje.

ZAP //

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