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Vamos poder pescar mais, mas preço do peixe fica em águas de bacalhau (e carapau está fora da corrida)

Portugal poderá pescar mais de 18 mil toneladas no próximo ano, mas há peixes, como o carapau, com quotas muito mais baixas.

São mais 560 toneladas do que este ano e, 32 anos depois, os portugueses poderão pescar bacalhau no Canadá, anunciou o Governo na madrugada de quarta-feira. A medida chega da União Europeia.

A secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro de Aguiar, citada pela Lusa, garantiu que o resultado das negociações feitas em Bruxelas foi “bastante positivo” para Portugal.

Até hoje “estas possibilidades de pesca estavam encerradas“, disse a ministra. Agora, Portugal poderá pescar mais de 18 mil toneladas de peixe no próximo ano.

As quotas cresceram também, por exemplo, para a pesca do espadarte do Atlântico Norte, do tamboril e da raia, o que possibilita mais oportunidades para os pescadores, adiantou a secretária de Estado.

Mas nem tudo são boas notícias: há peixes que ficaram de fora do acordo “positivo”, e para os quais a quota desceu drasticamente. O carapau, por exemplo, regista uma queda de 66%, o que constitui “um problema grave”, aponta Luís Vicente, secretário-geral da Associação dos Armadores de Pesca Industrial, à Antena 1.

Também a sarda, o goraz e o verdinho são peixes que ficam com as quotas reduzidas, explica.

À Renascença, Luís Vicente contou ainda que estas medidas não terão influência no preço do bacalhau, que tem vindo a aumentar em Portugal e “provavelmente vai aumentar em 2025”, uma vez que a maior parte deste peixe que utilizamos é importado.

Para além disso, diz que, no geral, há diminuição global das quotas de pesca. “A nível mundial, especialmente aqui no Hemisfério Norte, o que esperamos é uma redução das capturas agregadas de todos os países em 2025, portanto não esperaria uma redução de preços por via de aumento de oferta, pelo contrário”, diz.

ZAP //

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