O filantropo multimilionário George Soros vai investir mil milhões de dólares (cerca de 904 milhões de euros) numa universidade internacional que terá como foco a oposição a governos autoritários e às alterações climáticas.
Segundo avançou o Público, o anúncio da Open Sociey University Network foi feito pelo investidor de 89 anos, na quinta-feira no Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça.
De acordo com um comunicado da instituição, a universidade será lançada através de uma parceria entre a Universidade da Europa Central (fundada por Soros), com sede na Áustria, e o Bard College, no estado norte-americano de Nova Iorque (financiada pelo investidor).
“Como estratégia a longo prazo, a nossa melhor esperança reside no acesso a uma educação de qualidade, que reforce a autonomia do indivíduo, cultivando o pensamento crítico e enfatizando a liberdade académica. Considero a Open University o projeto mais importante e duradouro da minha vida e gostaria de vê-la implementada enquanto ainda estou por perto”, disse Soros.
No Twitter, Soros indicou que a nova plataforma de ensino vai “promover uma educação rigorosa, alcançar instituições necessitadas e envolver pessoas negligenciadas, como os refugiados, presidiários, pessoas de etnia cigana e rohingya”, pedindo ainda a outros filantropos que “se juntem ao seu esforço”.
“Tendo em conta a emergência climática e a agitação mundial, não é um exagero dizer que 2020 e os próximos anos vão determinar não só o destino de Xi e Trump, mas também o destino do mundo”, afirmou Soros em Davos, sobre o avanço de regimes populistas e autoritários e as alterações climáticas.
No mesmo evento, voltou a censurar o Facebook pelas falhas no combate à desinformação e a conteúdos extremistas. “Não há nada a pará-los, e acho que existe um tipo de operação ou acordo informal de assistência mútua em desenvolvimento entre Trump e o Facebook”, declarou ainda.
E acrescentou: “O Facebook trabalhará em conjunto na reeleição de Trump e Trump protegerá o Facebook”.