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Há uma Terra-alien entre os 8 novos planetas habitáveis descobertos pelo Kepler

David Aguilar / NASA

O telescópio Kepler identificou vários exoplanetas, mas poucos podem ser considerados parecidos com a Terra

Um dos oito novos planetas encontrados em sistemas solares distantes conquistou o título de “mais parecido com a Terra no mundo alienígena”, afirmam os astrónomos.

Os novos planetas foram vistos pelo telescópio espacial Kepler, da NASA, que já ultrapassa os mil exoplanetas identificados.

No entanto, apenas três deles estão dentro da “zona habitável” da sua estrela-mãe – e um em particular é rochoso, como a Terra, e apenas um pouco mais quente.

A descoberta foi revelada numa reunião da Sociedade Astronómica Americana.

Os três planetas potencialmente habitáveis integram o “hall da fama” do Kepler, que agora possui oito perspectivas planetárias fascinantes.

Os investigadores afirmam que, entre os recém descobertos, o mais parecido com a Terra, conhecido como Kepler 438b, é provavelmente mais parecido com o nosso planeta do que o Kepler 186f – que antes era o considerado mais parecido com a Terra.

O novo pretendente, 12% maior que a Terra, é maior do que o 186f, mas com temperatura mais próxima da nossa, provavelmente recebendo apenas 40% mais calor do seu sol do que nós do nosso.

Céu vermelho

Doug Caldwell, do Instituto Seti (Search for Extra-Terrestrial Intelligence), da Califórnia, afirma que se estivéssemos na superfície do 438b o clima seria bastante mais quente do que aqui. “E o planeta gira à volta de uma estrela mais fria, uma anã vermelha – por isso o céu deve parecer mais vermelho do que o nosso”, pondera.

Esse encontro, no entanto, é improvável – primeiro, porque o planeta está a 475 anos-luz de distância e por não se fazer ainda a mínima ideia da sua composição precisa.

Imagens do telescópio Kepler, que está atrás da Terra, são usadas para identificar planetas distantes ao observar “trânsitos”, que acontecem quando a luz de uma estrela escurece com a passagem de um planeta à sua frente.

Uma grande equipa de investigadores usa, então, dados adicionais a partir de outros telescópios para explorar melhor estes sistemas solares desconhecidos, tentando calcular o tamanho dos planetas e quão perto orbitam as suas estrelas hospedeiras.

Mas nem tudo o que causa este escurecimento são planetas. Ao mesmo tempo em que os oito novos exoplanetas foram anunciados por diversas instituições americanas, incluindo a NASA, os próprios cientistas da missão Kepler divulgaram mais de 500 planetas “candidatos”.

“Com mais observações, alguns desses candidatos podem vir a revelar-se não planetas”, disse Fergal Mullally, da missão Kepler.

Parecido com a Terra?

NASA

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Mesmo quando os cientistas confirmam um candidato como um exoplaneta, a questão de ser ou não “parecido com a Terra” é complicada.

O tamanho da zona habitável, onde um planeta está longe o suficiente do seu sol para reter água, mas não tão distante para congelar, depende do nível de confiança dos cientistas nos seus palpites.

Segundo Cardwell, apenas três dos oito novos exoplanetas podem ser colocados nessa zona com confiança – e apenas dois deles são provavelmente rochosos como a Terra. Além disso, uma descrição mais detalhada é muito difícil.

“A partir das medidas do Kepler e outras medições que fizemos, não sabemos se esses planetas têm oceanos com peixes e continentes com árvores”, disse Caldwell à BBC. “Tudo o que sabemos é o seu tamanho e a energia que está a receber da sua estrela”.

ZAP / BBC

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