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Não é magia, é ciência: estamos um passo mais perto de mover objetos com o pensamento

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Foi dado o primeiro passo para o controlo de meta-materiais com a mente — em tempo real e remotamente.

Os meta-materiais têm atraído grande atenção devido às suas extraordinárias propriedades físicas.

A sua descoberta abriu aos investigadores novos conceitos no desenvolvimento de materiais artificiais avançados.

De acordo com a EurekAlert, os meta-materiais permitem uma liberdade sem precedentes na manipulação de ondas eletromagnéticas.

Agora, uma equipa de investigadores de Singapura deu o primeiro passo para o controlo mental dos meta-materiais — em tempo real, remoto e sem fios.

O seu trabalho, intitulado “Remotely Mind-controlled Metasurface via Brainwaves“, e apresentado num artigo publicado na eLight em junho deste ano, propõe uma nova abordagem em direção a este objetivo.

As metas-superfícies programáveis (MSPs) com funções múltiplas ou comutáveis podem ser integradas com sensores ou geridas por software pré-definido.

Esta auto-adaptabilidade melhora significativamente a taxa de resposta ao remover o envolvimento humano.

Os computadores, entre as diferentes funções destas MSPs, dependem geralmente da operação manual. A sua arquitetura é ligada por fios, controlada manualmente e não comutada em tempo real.

Assim, é fascinante poder construir uma plataforma inteira capaz de realizar operações funcionais remotas, sem fios, em tempo real e controladas pela mente.

Tradicionalmente, o envolvimento e a participação dos seres humanos são ainda necessários em alguns aspetos — o humano tem que controlar a meta-superfície diretamente com a mente.

A equipa de investigação conseguiu controlar remotamente o meta-material através da transmissão sem fios de ondas cerebrais do utilizador para um controlador, via Bluetooth.

O objetivo era utilizar as ondas cerebrais do utilizador para controlar a resposta eletromagnética de uma MSP. Ao seguirem esta via, demonstraram um RMCM onde o utilizador podia controlar o padrão de dispersão.

As simulações realizadas e os resultados dos testes mostraram que as ondas cerebrais do utilizador conseguiam controlar diretamente o material, com taxas de controlo e comutação superiores a qualquer modelo ou produto conhecido.

A equipa de investigação espera agora combinar o seu modelo com algoritmos inteligentes e melhorar os processos no futuro — que possam lançar as bases para encontrar aplicações em áreas tão diversas como a monitorização da saúde, comunicações 5G/6G, e sensores inteligentes.

Inês Costa Macedo, ZAP Notícias //

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