O vulcão Cotopaxi, no Equador, um dos mais perigosos do mundo e que estava “adormecido” há 140 anos, expeliu hoje uma coluna de fumo com cinco quilómetros de altura.
As cinzas foram precedidas, durante a madrugada, por duas pequenas explosões na cratera, escreveu no Twitter o Instituto de Geofísica.
O vulcão Cotopaxi está a 5.897 metros de altura e localizado a 45 quilómetros a sul da capital do Equadpr, Quito.
Em Quito, começaram preparativos para distribuição de milhares de máscaras à população.
O Instituto de Geofísica disse que Cotopaxi é um dos vulcões mais perigosos do mundo por causa da grande quantidade de neve no seu pico e porque as áreas ao seu redor estão densamente povoadas.
A última vez que entrou em erupção foi em 1877.
O Ministério do Ambiente cancelou visitas ao local e 15 alpinistas que se estavam a preparar para escalar Cotopaxi foram mandados para casa.
Os aeroportos de Quito e da cidade de Cotopaxi permanecem abertos, apesar da nuvem de cinzas, afirmou a direção de aviação civil.
Na cidade de Machachi, a 25 quilómetros do vulcão, as pessoas já utilizam máscaras para respirar.
Decretado estado de excepção
As autoridades estão a monitorizar o vulcão para decidir se dão ordem para evacuação das zonas mais próximas.
Entretanto, já na tarde deste sábado, o presidente da República do Equador, Rafael Correa, afirmou que vai decretar o estado de exceção, que mobilizará recursos para enfrentar situações relacionadas com o Cotopax.
“Anuncio ao país que nas próximas horas assinarei o decreto de estado de exceção, devido ao aumento de atividade do vulcão Cotopaxi”, lê-se no relatorio semanal do Presidente.
Segundo Correa, o decreto implica que em caso de emergência se possa “mobilizar recursos financeiros de onde seja, excepto da Educação e Saúde, incluindo privados”.
“Basicamente, controla-se a comunicação e a informação”, afirma, apelando à colaboração dos meios de comunicação.
“A única voz autorizada” a dar informação sobre o estado do vulcão e a explicar o que se deve fazer é o ministerio coordenador de Segurança, liderado por César Navas, noticiou a agência noticiosa espanhola Efe.
Cotopaxi é um dos oito vulcões ativos no Equador.
/Lusa