A União Europeia (UE) aplicou sanções esta segunda-feira à primeira-dama e vice-Presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, e a sete outras autoridades por violações dos direitos humanos e por minarem a democracia, durante uma ofensiva contra a oposição do país.
Em comunicado, a UE indicou que as sanções – que incluem congelamento de ativos e proibição de viagens para a Europa -, “são dirigidas a indivíduos e concebidas desta forma para não prejudicar a população ou a economia da Nicarágua”, informou esta segunda-feira a agência Reuters.
Nos últimos dois meses, as autoridades do Nicarágua detiveram mais de 20 figuras da oposição e vários candidatos que poderiam desafiar o Presidente Daniel Ortega, de 75 anos, nas eleições de 07 de novembro. A maioria dos detidos está incontactável e sem acesso a advogados.
Ortega, que busca o quarto mandato consecutivo, alega que os protestos no país em abril de 2018 fazem parte de uma tentativa de golpe organizada com apoio estrangeiro.
De acordo com a UE, as sanções mostram que o bloco está “pronto para usar todos os seus instrumentos para apoiar uma solução democrática, pacífica e negociada para a crise política no Nicarágua”. A detenção, na semana passada, de um possível candidato à sétima eleição “ilustra tristemente a magnitude da repressão” no país.