A Comissão Europeia estará a ponderar desmantelar a troika na Grécia como uma “solução de compromisso” com Atenas, mas apenas no caso do novo governo grego aceitar cumprir os seus compromissos, revela o jornal El País.
Esta poderá ser a moeda de troca da Comissão Europeia nas negociações com o executivo grego, que quer chegar já a um acordo e passar ao passo seguinte do resgate grego, este mês: uma nova linha de crédito, considerada de precaução – um “regaste brando“, descreve o El País.
O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, anunciou na semana passada que o recém-eleito governo grego não estaria disposto a negociar com a troika, que na Grécia, tal como em Portugal, é constituída pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu.
O ministro explicou que o que estava em causa era o facto de se tratar de uma troika de “tecnocratas”, sem margem para decidir.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal espanhol, há a procura de uma “solução de compromisso” que agrade o governo grego e os parceiros europeus, mas a intenção será apenas uma cedência para que os gregos mantenham as atuais políticas, não significando necessariamente o fim das políticas de austeridade.
A proposta poderá envolver facilidades de pagamento da dívida, tais como o alargamento dos prazos de pagamento e redução dos juros, mas não o perdão da mesma.
A Comissão Europeia está ciente de que o sucesso desta proposta depende das negociações com os parceiros europeus, que começam esta semana, com várias reuniões do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e do seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, em Paris, Londres, Roma e Bruxelas.
ZAP