A Comissão Europeia vai apresentar uma estratégia de acção para os piores cenários, incluindo uma guerra, um ciberataque massivo ou um evento climático extremo, recomendando aos cidadãos que se preparem para o pior com um kit de sobrevivência.
A “Estratégia de Preparação da União” para os piores cenários vai ser divulgada nesta quarta-feira, mas o jornal espanhol El País já teve acesso às principais linhas orientadoras deste documento.
O plano que a Comissão Europeia (CE) vai apresentar aos seus Estados membro inclui 30 acções que considera fundamentais para que os cidadãos europeus estejam preparados para uma guerra, um evento climático extremo ou um ciberataque.
“Bruxelas pede a todos os lares europeus que tenham reservas de água, medicamentos, baterias e alimentos para subsistir 72 horas sem ajuda externa em caso de crise”, sublinha o El País, com base nas directivas do documento.
Este é mais um alerta à população europeia para a importância da prevenção para os cenários mais complicados.
A França também planeia distribuir um manual de sobrevivência à população, depois de Suécia, Finlândia e Noruega já terem lançado avisos aos cidadãos para se prepararem para a guerra.
O documento que vai ser apresentado pela UE valoriza a importância de uma actuação conjunta e do “espírito de solidariedade”.
“A UE deve ser capaz de mobilizar todos os meios e recursos disponíveis para apoiar os Estados membro”, nomeadamente “recursos militares postos à disposição de todos os países”, sublinha também a CE, como cita o El País.
O objectivo da Comissão é também lançar uma plataforma digital, onde os cidadãos europeus possam aceder a informações sobre os riscos e opções disponíveis, nomeadamente refúgios.
A estratégia da UE passa ainda por coordenar a nível europeu as reservas estratégicas de medicamentos, matérias-primas essenciais, energia e alimentos.
São os efeitos da chegada de Donald Trump à Casa Branca, que ditou a aproximação dos EUA da Rússia e o afastamento dos aliados europeus.
A UE já avançou com o plano “ReArm” que pretende mobilizar 800.000 euros para investimentos em Defesa, e com o plano “Readiness 2030” que prevê a compra conjunta de armas.
Por outras palavras, tenham medo, muito medo, e o melhor será gastar o nosso dinheirinho em armamento.