Warren Toda / EPA

Uma mulher ucraniana de 95 anos que sobreviveu aos nazis, a Chernobyl e à Covid morreu atropelada, quando atravessava a rua em frente à sua casa em Brooklyn, nos EUA.
No dia 23 de janeiro, Mayya Gil foi atropelada por uma carrinha, à porta de casa.
A ucraniana de 95 anos, que parecia imbatível, conseguiu escapar à invasão nazi, na década de 1940. Depois, sobreviveu ao desastre nuclear de Chernobyl na Ucrânia, em 1986. Mais recentemente, em 2020, não se vergou perante a Covid-19.
Como conta o New York Post, nos 23 de janeiro, uma quinta-feira normal, por volta da hora de almoço, Mayya Gil seguia com a sua auxiliar de saúde doméstica, quando uma carrinha de carga virou à esquerda e embateu contra elas.
Segundo o Departamento de Polícia de Nova Iorque, citado pelo mesmo jornal, a auxiliar de saúde foi hospitalizada em estado estável, mas a idosa não aguentou os ferimentos e morreu.
Escapou a tudo, menos à rua em frente a sua casa
Em 2020, o New York Times fez uma reportagem sobre a vida de Mayya Gil.
Natural de Khmelnytskyi, no oeste da Ucrânia, mudou-se para Kiev, com a mãe e o irmão, quando tinha 12 anos, para escapar à invasão dos nazis.
Em Kiev, Mayya conheceu o homem com quem viria a casar, Vilyam, e com quem teve as suas filhas gémeas.
Em 1986, quando ocorreu o devastador desastre nuclear de Chernobyl na Ucrânia, Larisa, uma das filhas de Gil mudou-se para Nova Iorque. Seis anos mais tarde, o resto da família seguiu-a.
Em 2013, a filha que liderou a imigração da família para os Estados Unidos, morreu aos 58 anos, após uma luta contra um cancro do pâncreas.
O marido de Gil faleceu em 2020 depois de contrair Covid-19, no pico da pandemia. Mas Mayya Gil aguentou firme e sobreviveu à infeção.
Depois de uma vida a fugir à morte, por todo o mundo, e de tudo que a podia ter matado, curiosamente, foi a rua mesmo em frente a sua casa que foi fatal.