Ucrânia pode ficar totalmente às escuras num próximo ataque

Sergey Kozlov / EPA

A Ucrânia pode ficar totalmente às escuras num próximo ataque. A Rússia tem concentrado os seus ataques às infraestruturas energéticas do país.

Até sexta-feira, mais de 6 milhões de casas continuavam afetadas por cortes de energia na Ucrânia, dois dias após os ataques em massa da Rússia contra infraestruturas energéticas do país.

Kiev, com cerca de 600.000 casas sem eletricidade à noite, e a sua região, assim como as províncias de Odessa, Lviv, Vinnytsia e Dnipropetrovsk, eram as mais afetadas pelos cortes.

A estratégia de Moscovo de bombardear instalações energéticas, seguida desde outubro num cenário de recuos militares, é considerada “crime de guerra” pelos aliados ocidentais da Ucrânia e qualificada como um “crime contra a humanidade” pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy.

O conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, disse, este domingo, que os ataques russos são “simplesmente de fascismo do século XXI”.

Os ataques são “sobre cirurgias interrompidas, diálises canceladas, ventiladores desligados, ambulâncias que não chegaram” e não apenas sobre a luz, considerou o conselheiro presidencial ucraniano.

A Rússia, por sua vez, afirma visar apenas infraestruturas militares e atribui os cortes de energia aos disparos das defesas aéreas ucranianas.

As autoridades ucranianas estimam que cerca de 50% das instalações de energia da Ucrânia foram danificadas nos recentes ataques.

Apesar dos mais recentes ataques, a Ucrânia vai recuperando a energia, com 80% do território a ter novamente eletricidade e água, segundo a Euronews.

Na CNN Portugal, o major-general Agostinho Costa, especialista em assuntos de segurança, disse que acredita que haverá um novo ataque à Ucrânia que “poderá levar a um apagão geral”.

Com a chegada do inverno e das temperaturas baixíssimas, a Europa poderá estar “à beira de uma nova vaga de refugiados”, sugere Agostinho Costa.

Daniel Costa, ZAP // Lusa

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