Turismo militar é a nova aposta do Governo para conhecer a História de Portugal

Programa “Turismo Militar” inclui mais de 200 castelos, fortalezas e faróis. Gomes Cravinho diz que “História militar é uma outra forma de falar da História de Portugal”. O objetivo é dinamizar o país.

O Governo vai dinamizar o património da defesa através do projeto “Turismo Militar”, uma plataforma que reúne um conjunto de roteiros com o objetivo dar a conhecer a História de Portugal através da História militar, foi esta quinta-feira anunciado.

A marca “Turismo Militar” foi dada a conhecer esta quinta-feira, numa cerimónia que decorreu no Palácio Foz, em Lisboa.

De acordo com a informação constante nos vídeos divulgados na altura, este programa vai incluir “253 castelos, mais de 300 fortes, fortalezas e fortins, 100 faróis e farolins, mais de 70 castros e povoados fortificados, 40 casas-torre”, além de redutos, museus, atalaias ou muralhas.

Através do site criado para o efeito, os cidadãos poderão aceder a informação sobre os diversos locais e consultar os roteiros ou circuitos sugeridos que incluem este património.

Na ocasião, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, salientou que a “História militar é uma outra forma de falar da História de Portugal”, uma vez que, ao longo dos séculos, “foram tantos e tantos os momentos” em que a História “foi moldada pela experiência militar”.

“Essa experiência militar deixou marcas muitíssimo visíveis por todo o território nacional, e o património militar, que é valiosíssimo, é riquíssimo, é, através deste projeto, é um património que vai ser mais conhecido dos portugueses, é um património que vai permitir aos portugueses conhecer melhor Portugal”, destacou.

Gomes Cravinho especificou que este projeto permite dar a conhecer as fortificações espalhadas pelo país, pequenos castros, no fundo, a “experiência militar que construiu Portugal”.

Na ótica do ministro, este programa vai permitir também uma dinamização do interior do país, através da atração de turistas para aqueles locais.

O nosso país deve imenso à sua História militar, e a sua História militar não é, de todo, só Lisboa, Porto, as grandes cidades”, considerou o responsável, notando que a “História militar passa muitíssimo, por exemplo, pela zona raiana, passa muitíssimo pela Estrada Nacional 2”.

“Levar o turismo, seja o turismo nacional ou o turismo internacional, um pouco para o interior, desde logo é um favor grande que fazemos aos turistas porque passam a conhecer uma parte menos conhecida de Portugal mas muitíssimo rica, e é também o contributo que se dá ao desenvolvimento do interior, à promoção da economia do interior”, advogou. Isto porque, “a partir de algo que já existe, que é o património militar, cria-se novo valor, cria-se valor para a economia local”, apontou João Gomes Cravinho.

Na ocasião foi também assinado um protocolo com a RTP, para dinamização deste conceito através de seis programas.

Este projeto vai ser desenvolvido “ao longo de vários anos, construindo-se, sobretudo, com as autarquias” e com o Turismo de Portugal, por exemplo, na criação de novas rotas, explicou o ministro da Defesa Nacional.

Questionado sobre o investimento aplicado neste projeto, João Gomes Cravinho indicou que se trata de “coordenar muitas entidades que estão dispersas e que já dão contributos muito importantes para a valorização do património, mas que não estão ligados entre si”.

Ao tecer os elos entre as diferentes entidades, ao criar um site onde tudo possa ser visto em conjunto, ao criar rotas que permitam uma visão mais sistemática de diferentes aspetos da nossa realidade, o que nós estamos a fazer é simplesmente aproveitar algo que já existe e que não está suficientemente valorizado”, vincou.

Presente na cerimónia, o presidente do Conselho de Administração da televisão e rádio públicas destacou que o objetivo passa por ter “uma RTP aberta, uma RTP colaborativa, uma RTP que esteja no terreno” e que esteja “muito presente no país”.

Assim cumprimos o nosso papel”, sublinhou Gonçalo Reis, notando que os conteúdos produzidos serão didáticos e pretendem fazer a divulgação do património e das diversas regiões do país.

// Lusa

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