“Trump ataca democracia”. EUA incluídos na lista mundial de vigilância dos direitos humanos

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John Mabanglo / EPA

Donald Trump

“Ataque do Presidente às normas democráticas e à cooperação global” coloca os EUA como “fechados” na lista de vigilância da CIVICUS.

Os Estados Unidos foram colocados na lista de vigilância da CIVICUS Monitor, uma aliança global e rede de grupos da sociedade civil )— que inclui a Amnistia Internacional e defende a ação dos cidadãos em áreas onde as liberdades civis são limitadas.

O anúncio foi feito no domingo, numa altura em que o grupo regista um “ataque do Presidente Donald Trump às normas democráticas e à cooperação global”, lê-se em comunicado.

A CIVICUS, descreve as ações da administração dos EUA como um “ataque” aos princípios democráticos fundamentais, que inclui “ordens executivas restritivas, cortes institucionais injustificáveis e táticas de intimidação através de pronunciamentos ameaçadores por parte de altos funcionários da Administração estão a criar uma atmosfera para arrefecer a dissidência democrática, um ideal americano acarinhado.”

“A administração Trump parece empenhada em desmantelar o sistema de controlos e equilíbrios que são os pilares de uma sociedade democrática“, diz Mandeep Tiwana, co-secretário-geral interino da CIVICUS no comunicado.

Os EUA juntam-se a países como a República Democrática do Congo, a Itália, o Paquistão e a Sérvia na lista de observação da CIVICUS, que classifica as liberdades civis em cinco categorias, de “abertas” a “fechadas”.

Os EUA foram classificados como “fechados”, uma classificação que sugere que as liberdades civis, como a liberdade de expressão e de reunião, ainda estão amplamente protegidas, mas estão cada vez mais ameaçadas, com um “declínio do espaço cívico aberto” e “legislação repressiva que restringe a liberdade de expressão e de diálogo, obstáculos às atividades e operações da sociedade civil e repressão da desobediência civil e das manifestações pacíficas”.

A CIVICUS sublinha que os americanos continuam a ter acesso às liberdades básicas, embora o ambiente se tenha tornado mais restritivo, com novas pressões políticas sobre os meios de comunicação social, como a recente decisão da administração Trump de restringir e passar a escolher os jornalistas que lhe podem fazer perguntas, ou a orientação do bilionário e diretor executivo da Amazon, Jeff Bezos, dirigida aos colunistas de opinião do seu jornal The Washington Post, para defenderem “liberdades individuais” e “mercado livre”, deixando de publicar pontos de vista contrários a estes.

 

A ação judicial intentada pela Associated Press contra funcionários da administração Trump, depois de a agência noticiosa ter sido impedida de participar nas reuniões de informação da Casa Branca, também conta para a inclusão dos EUA nesta lista. Recorde-se que a AP foi travada por Trump de participar nestas reuniões por se ter recusado a aderir à diretiva editorial da nova administração para se referir ao Golfo do México como o “Golfo da América”, em conformidade com uma nova ordem executiva assinada por Trump.

“Os americanos de todo o espetro político estão chocados com as ações antidemocráticas da atual administração”, reforça a CIVICUS.

ZAP //

1 Comment

  1. Liberty Island e a Estatua da Liberdade , estão de luto graças a Trump ! ………….O destino da America está traçado , com un Doente mental com o Poder na mão !

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