Trump anula convenção republicana na Florida por causa da pandemia

Chris Kleponis / EPA

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

A convenção do Partido Republicano que deveria formalizar o Presidente dos Estados Unidos como recandidato à Casa Branca, nas eleições de 3 de novembro, prevista para Jacksonville, no estado da Florida, foi anulada.

O anúncio foi feito pelo próprio Presidente norte-americano, Donald Trump, que argumentou com a pandemia do novo coronavírus que grassa no sul do país.

“Vamos fazer uma grande convenção pública, mas não é o momento certo para o fazer”, declarou, acrescentando que era seu dever “proteger os norte-americanos”.

A reunião dos republicanos esteve prevista para Charlotte, no estado da Carolina do Sul, de 24 a 27 de agosto, mas o governador democrata considerou que se deveria realizar em formato reduzido para obedecer às recomendações sanitárias.

Irritado, Trump, que durante muito tempo minimizou a gravidade da pandemia, decidiu então, no início de junho, transferir a reunião para Jacksonville, no estado da Florida.

Contudo, recentemente, o Presidente inverteu a sua posição, começou a usar máscara em público e até admitiu que a situação ia piorar antes de melhorar. A anulação da convenção entra nesta lógica.

De acordo com o jornal online Observador, Trump anunciou, contudo, que irá realizar o discurso de aceitação em Charlotte, na Carolina do Norte, onde os republicanos deverão organizar uma mini-convenção à base de sessões online.

“Irei na mesma realizar o discurso de aceitação, mas de uma forma diferente. Vamos fazer outras coisas, como ‘tele-comícios’, e outros eventos mais pequenos”, acrescentou.

Segundo o mesmo jornal digital, advogados e outros cidadãos de Jacksonville queriam processar o Comité Nacional Republicano e Trump pela realização do comício na cidade.

Já os democratas, por seu lado, anunciaram há um mês que a sua convenção, prevista para Milwaukee, no estado do Wisconsin, entre 17 e 20 de agosto, vai decorrer quase totalmente em ambiente virtual.

O ex-vice-Presidente, Joe Biden, vai também aceitar em pessoa a sua designação como candidato presidencial do partido num encontro no qual deverão estar presentes apenas 300 das cerca de 50 mil pessoas que estavam previstas, avança o New York Times.

Os Estados Unidos ultrapassaram os quatro milhões de infetados pelo novo coronavírus e registaram mais de 143.800 mortos, de acordo com o último balanço feito pela Universidade Johns Hopkins. O país é, em números absolutos, o mais prejudicado pela pandemia de covid-19.

ZAP // Lusa

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