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Astrónomos encontraram três pares de buracos negros supermassivos prestes a colidir

Uma colaboração internacional de astrónomos descobriu três pares de de buracos negros supermassivos em fusão no universo “local”. Os três sistemas estão a libertar tanta energia que foram classificados como quasares, ofuscando facilmente as suas galáxias hospedeiras.

Buracos negros supermassivos localizam-se no centro de quase todas as galáxias, o que significa que, quando as galáxias se fundem, acabam por criar buracos negros supermassivos em rota de colisão entre si. A forma como essa interação se desenvolve ainda não é clara.

Encontrar exemplos de buracos negros duplos é difícil – e encontrá-los como quasares é raro. Graças a esses três pares de buracos negros supermassivos em fusão, agora, os investigadores podem estimar o quão raro é.

A fração de quasares duplos é cerca de 0,3% de todos os quasares e isso não parece mudar muito com o tempo.

A equipa de cientistas começou com uma amostra de 34.476 quasares conhecidos e terminou com três, um dos quais já era conhecido pelos astrónomos.

“Honestamente, não começámos a procurar quasares duplos. Estávamos a examinar imagens desses quasares luminosos para determinar em que tipo de galáxias preferiam residir, quando começámos a ver casos com duas fontes óticas nos seus centros onde esperávamos apenas uma ”, disse John Silverman, do Instituto Kavli para o Física e Matemática do Universo e investigador principal, em comunicado.

Dada a estimativa, a equipa ainda vai observar muito quasares duplos. Estudá-los ajudará aos cientistas a descobrir muito mais sobre a evolução das galáxias. “Apesar da sua raridade, representam um estágio importante na evolução das galáxias, onde o gigante central é despertado, ganhando massa e potencialmente impactando o crescimento da sua galáxia hospedeira”, disse Shenli Tang, estudante na Universidade de Tóquio.

As fusões de galáxias são um fenómeno comum na longa história do Universo. A nossa própria galáxia dividiu-se e absorveu várias galáxias mais pequenas, mas é um processo lento e longo. As galáxias aproximam-se lentamente umas das outras, perturbam as formas umas das outras e, eventualmente, unem-se num único novo objeto.

Este estudo foi publicado em agosto na revista científica The Astrophysical Journal.

ZAP //

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