Transplante parcial de coração com “tecido vivo” salva recém-nascido

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Um transplante parcial de coração com tecido vivo, que se pensa ser o primeiro no mundo, salvou Owen Monroe, nascido em abril deste ano no Duke University Hospital em Durham, na Carolina do Norte, Estados Unidos (EUA).

De acordo com o Independent, o bebé nasceu com uma doença cardíaca letal: truncus arteriosus. Devido à condição, duas das artérias que entram no coração – a aorta e a artéria pulmonar – estavam fundidas. Uma das válvulas do coração também tinha uma fuga. Quatro meses após a cirurgia, a recuperação corre bem.

Num vídeo divulgado pelo Duke Hospital, o chefe da cirurgia cardíaca pediátrica, Joseph Turek, disse que são necessários cerca de seis meses para encontrar um coração para um bebé dessa idade. “Mesmo que o tivéssemos na lista para um transplante, suspeitávamos que não íamos conseguir”, contou.

Os pais optaram por proceder a um transplante parcial de coração utilizando tecido vivo. Segundo Turek, caso o tecido não fosse vivo, não cresceria com Owen. Com esta cirurgia, o tecido talvez nunca precise de ser substituído.

Nas cirurgias para reparar válvulas fundidas, os médicos recorrem, normalmente, a tecido morto, que precisa ser substituído até três vezes antes da idade adulta e de 10 em 10 anos depois disso, relatou o Daily Mail. Cerca de 90% das crianças submetidas a este tipo de cirurgia vivem durante mais de 40 anos.

“É importante que estas crianças façam apenas uma cirurgia, se possível”, acrescentou. Uma cirurgia já “muito para uma família (…) e para uma criança”, quanto mais “múltiplas cirurgias cardíacas durante a vida”, continuou.

O médico sublinhou: “se conseguirmos eliminar a necessidade de múltiplas cirurgias de coração aberto cada vez que uma criança cresce mais do que uma válvula velha, podemos estar a prolongar a sua vida”.

ZAP //

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