O diretor do departamento de arte contemporânea do Museu Hermitage, na Rússia, considera que o futuro dos museus passa por cópias digitais no metaverso.
Todos os grandes museus do mundo marcarão presença no metaverso, com cópias digitalizadas do seu acervo.
Pelo menos é esta a perspetiva de Dmitry Ozerkov, diretor do departamento de arte contemporânea do Museu Hermitage, o maior museu do mundo, localizado em São Petersburgo, na Rússia.
“Estamos todos a entrar na era digital e o nosso gémeo digital seguir-nos-á por todo o lado”, disse o responsável, numa entrevista à Cointelegraph. A sua expectativa é a de que, em breve, o Hermitage terá uma versão totalmente integrada no ambiente digital.
Aliás, o interesse do museu por NFTs vai além da dinâmica do mercado. Tem como objetivo explorar o valor artístico que a tecnologia pode trazer para o mundo da arte contemporânea.
Em novembro, o Hermitage fez a sua primeira exposição de obras de arte digitais, representadas por tokens não fungíveis. A exposição “There Ethereal Aether” contaou com 38 NFTs, exibidos numa reconstrução digital das instalações do museu.
Ao contrário do museu real, esta exposição virtual permite que os visitantes interajam com os NFTs em exibição. “No mundo virtual, podemos fazer qualquer coisa: podemos brincar com as obras de arte, podemos torná-las interativas, podemos adicionar dados…”, elencou Ozerkov.
Antes, o museu russo já havia dado os primeiros passos no setor dos NFTs, quando digitalizou cinco das mais famosas obras do seu acervo e colocou os tokens à venda.