24h de glória para FC Porto e Benfica (e do “quase” para o Sporting)

Estela Silva / LUSA

FC Porto campeão europeu de hóquei em patins. Benfica conquista dois títulos nacionais em dois dias seguidos.

Já se sabia que este fim-de-semana seria de decisões no desporto português, em diversas vertentes. Com a possibilidade de ficarem em Portugal dois títulos europeus, nas modalidades colectivas; um ficou, o outro quase.

O FC Porto é campeão europeu de hóquei em patins, no domingo. Uma estreia para uma geração de adeptos, já que a última vez que os portistas tinham subido ao trono europeu havia sido em 1990.

Numa final portuguesa – sem surpresa – entraram em campo os quarto e sextos classificados da fase regular do campeonato português: FC Porto e Valongo. Os três primeiros (Benfica, Sporting e Óquei de Barcelos) e o quinto classificado (Oliveirense) também estiveram nesta final a 8 em Viana do Castelo, mas foram afastados antes da final.

O FC Porto venceu com números esclarecedores: 5-1. Rafa inaugurou o marcador aos sete minutos, Miguel Moura ainda empatou aos 13′ mas, depois disso, só deu FC Porto.

Ainda na primeira parte, Carlo Di Benedetto e Gonçalo Alves marcaram, antes de Di Benedetto bisar à meia hora e de Xavi Barroso fechar a festa portista mesmo perto do apito final, num ambiente de loucura em Viana.

O FC Porto passa a ter três troféus da Liga dos Campeões de hóquei, tal como o Sporting. O Benfica tem dois, o Óquei Barcelos um. A lista é liderada – de longe – pelo Barcelona, que ja foi campeão europeu 22 vezes.

Benfica festeja

O Benfica não conseguiu o título europeu de hóquei em patins (perdeu frente ao FC Porto nos quartos-de-final) mas teve um fim-de-semana de sucessos.

No sábado, foi campeão nacional de voleibol. No quinto e decisivo jogo da final diante da Fonte Bastardo, triunfo pela margem máxima por 3-0, com parciais 25-18, 25-16 e 26-24. André Aleixo destacou-se com 16 pontos. Foi o quarto título consecutivo do Benfica, 11 no total, ainda longe dos 18 do Sporting de Espinho.

Menos de 24 horas depois, no domingo, o Benfica sagrou-se tricampeão nacional de futebol feminino, ao vencer em Valadares por 2-0, com golos de Lúcia Alves e Kika Nazareth. O título chega quando ainda faltam disputar dois jogos, mas o Benfica tem nove pontos de vantagem sobre o Sporting.

Pelo meio, dois sucessos sem títulos: no futebol masculino a vitória importante por 1-0 contra o Sporting de Braga rumo ao título e, no basquetebol masculino, a confirmação do primeiro lugar na fase regular com o triunfo sobre o Esgueira por 93-61. Nesta modalidade, mas na vertente feminina, a equipa da Luz falhou o título ao perder em casa contra o GDESSA por 55-61, no último jogo da final.

O “quase” do Sporting

No futsal, o Sporting esteve perto de voltar aos títulos europeus mas foi derrotado na final da Liga dos Campeões pelo Palma, nas grandes penalidades (1-1 após prolongamento).

Mario Rivillos colocou os espanhóis na frente aos 13 minutos, Zicky Té igualou (de calcanhar) a oito minutos do fim. Logo a seguir o Sporting marcou de novo, por Sokolov, mas a equipa de arbitragem decidiu – com polémica – anular o golo depois de ver as repetições televisivas, devido a alegada falta do russo do Sporting.

Nas grandes penalidades (e com direito a confusão geral entre os jogadores após um desentendimento entre Cavinato e o guarda-redes do Palma, Luan Muller, que originou duas expulsões), apenas Pany Varela falhou e o Palma foi campeão europeu pela primeira vez – na sua estreia na Liga dos Campeões.

O Sporting queixou-de da arbitragem: “Hoje, tivemos aqui uma equipa que marcou dois golos, outra que marcou um, mas afinal não valia nada disso. Bom é ir a prolongamento e penáltis e resolver dessa forma. Hoje, assistimos aqui ao descrédito total de uma modalidade que, afinal de contas, a UEFA simplesmente condena ao desprezo”, atirou Miguel Afonso, do Conselho Directivo do Sporting.

A arbitragem também tinha sido decisiva para impedir uma final 100% portuguesa na Liga dos Campeões de futsal – que iria imitar o hóquei em patins. Na meia-final entre Palma e Benfica, a turma da Luz conseguiu empatar (4-4) mas, novamente depois de verem imagens no ecrã, os árbitros anunciaram que o golo tinha sido marcado depois da buzina final.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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