TikTok acaba amanhã nos EUA. Só Trump pode bater o pé

Trump pediu tempo para ponderar sobre a aprovação da suspensão da rede social. Administração de Joe Biden afirmou que deixará à equipa do presidente eleito a decisão.

A TikTok disse que vai ser obrigada a encerrar nos Estados Unidos no domingo a menos que o Governo norte-americano garanta a não aplicação da lei que proíbe a plataforma no país.

“Infelizmente, a TikTok será forçada a encerrar a 19 de janeiro”, a menos que “a administração de Joe Biden garanta a não aplicação da lei” que proíbe a popular aplicação nos Estados Unidos, escreveu a empresa na rede social X, na sexta-feira à noite.

A TikTok luta há meses contra esta lei, aprovada pelo Congresso norte-americano em março, em nome da segurança nacional.

Mas o Supremo Tribunal dos Estados Unidos recusou-se, na sexta-feira, a suspendê-la, selando o destino da rede social no país, a menos que haja uma intervenção de última hora.

Trump pediu tempo para ponderar sobre a sua aprovação. A administração de Joe Biden afirmou que deixará à equipa de Donald Trump a decisão sobre a aprovação da lei que proíbe o TikTok.

A decisão do mais alto tribunal dos Estados Unidos (EUA) foi tomada pouco mais de 36 horas antes do prazo imposto pelo Congresso norte-americano à empresa-mãe do TikTok, o grupo chinês ByteDance, para vender a rede social.

Trump quer salvar rede social…

O novo governo dos Estados Unidos, que toma posse no dia 20 de janeiro, “vai pôr em prática medidas para evitar que a TikTok fique indisponível” no país, disse na sexta-feira o conselheiro de segurança nacional escolhido pelo presidente dos Estados Unidos eleito, Donald Trump, numa entrevista.

No programa Fox & Friends, da Fox News, o deputado da Florida Mike Waltz recordou que a lei federal que pode proibir a rede social até domingo “permite prorrogação, desde que esteja em cima da mesa um acordo viável”.

Um dia antes, também na Fox News, Mike Waltz disse que o presidente eleito estava a explorar opções para “preservar o TikTok” depois de ter sido questionado sobre uma notícia do The Washington Post que dizia que Trump estava a considerar uma ordem executiva para suspender a execução de uma lei federal.

“Se o Supremo Tribunal decidir a favor da lei, o Presidente Trump foi muito claro: em primeiro lugar, o TikTok é uma grande plataforma que muitos [norte-]americanos utilizam e tem sido ótima para a sua campanha e para divulgar a sua mensagem. Em segundo, vai proteger os seus dados”, disse Waltz.

“É um negociador. Não me quero adiantar às nossas ordens executivas, mas vamos criar este espaço para pôr em prática este acordo”, acrescentou.

Entretanto, Pam Bondi, a escolha de Trump para procuradora-geral, evitou uma pergunta numa audição no Senado sobre se manteria a proibição do TikTok.

… mas antes queria proibi-la

Trump mudou de posição sobre a aplicação, tendo tentado proibi-la durante o seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, devido a preocupações com a segurança nacional.

Entrou no TikTok durante a campanha presidencial de 2024 e a sua equipa usou-o para se ligar aos eleitores mais jovens, especialmente aos do sexo masculino, divulgando conteúdo considerado machista.

O republicano prometeu “salvar o TikTok” durante a campanha e deu crédito à plataforma por o ajudar a ganhar mais votos dos jovens.

Este mês, a Bloomberg avançou que as autoridades chinesas estão a ponderar a possibilidade de o aliado de Trump, Elon Musk adquirir as operações norte-americanas do TikTok, caso a plataforma seja proibida. TikTok já negou esse cenário.

ZAP // Lusa

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