Com teste negativo e de máscara, cinco mil pessoas estiveram num concerto em Barcelona

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Alejandro Garcia / EPA

Cinco mil pessoas assistiram este sábado a um concerto de rock em Barcelona, em Espanha, depois de passarem por uma triagem à covid-19 no mesmo dia, para testar a sua eficácia na prevenção de surtos da doença em grandes eventos culturais.

Enquanto o resto do país tem os ajuntamentos limitados a quatro pessoas em espaços fechados, os elementos do público do concerto da banda de rock espanhola Love of Lesbian, que foi autorizado pelas autoridades de saúde, pode misturar-se livremente, embora o uso de máscara fosse obrigatório.

Foi pedido a pessoas com doenças cardíacas, cancro ou que estiveram em contacto com alguém infetado com covid-19 nas últimas semanas que não se inscrevessem para participarem nesta experiência.

Quem comprou bilhete para o concerto pode escolher entre três locais de Barcelona onde fazer um teste antigénio no sábado de manhã: Luz de Gas, Razzmatazz e Sala Apolo.

Os que tiveram resultado negativo, receberam um código no telemóvel que validava os bilhetes para o concerto, marcado para as 19h00 locais (18h00 em Lisboa), no Palau Sant Jordi.

De acordo com a organização, de todos os testes realizados, seis tiveram resultado positivo.

“Bem-vindos a um dos concertos mais emocionantes da nossa vida. Há um ano e meio que não pisávamos um palco”, começou por dizer o vocalista da banda, Santi Balmes, que pediu ao público para manter as máscaras: “O mundo está a ver-nos” e “este concerto é uma pequena batalha dentro da guerra”, afirmou o músico, citado pela agência EFE.

Santi Balmes dedicou o concerto “aos profissionais da saúde e restantes trabalhadores essenciais”.

Segundo os organizadores, este tratou-se do primeiro evento comercial com uma audiência tão grande a acontecer na Europa durante a pandemia da covid-19.

Os bilhetes, com preços entre os 23 e 28 euros, e que incluíam o preço do teste antigénico e de uma máscara de alta qualidade, de uso obrigatório, esgotaram em oito horas.

As máscaras podiam ser retiradas para comer ou beber em áreas designadas para o efeito.

A organização deste espetáculo, já tinha sido responsável por um outro, com cerca de 500 pessoas, que aconteceu em dezembro.

Os resultados desse estudo preliminar mostraram que a pré-seleção, com testes antigénios, e a utilização de máscaras conseguiu evitar infeções no concerto, apesar de não haver regras de distanciamento social.

“Este é mais um pequeno passo para a realização de concertos e outros eventos culturais durante a pandemia”, afirmou o virologista envolvido na conceção dos protocolos de saúde do concerto, Boris Revollo, citado pela EFE.

As pessoas que assistiram ao concerto autorizaram as autoridades de saúde a informarem a equipa de Boris Revollo, caso tenham covid-19 nas semanas após o espetáculo.

Com essa informação, a equipa de Boris Revollo irá analisar as taxas de infeção entre os cinco mil espectadores em comparação com a taxa de infetados na população em geral, para ver se haverá discrepâncias que permitam apontar para um contágio no concerto.

// Lusa

4 Comments

  1. Mas é claro! Toda a gente sabe que os testes são 100% eficazes e o uso da máscara (qualquer uma!) também! Não tarda teremos esta irresponsabilidade aqui. Nós, os portugueses, gostamos muito de imitar os outros… Mas não é nas coisas boas!

      • Percebi, percebi! Você é que ainda não percebeu o que me quis referir! Em lado algum eu escrevo que é ou não um teste! Também devia ler os comentários antes de os comentar.
        E… “imitador” de quem?

      • Duvido que tenhas percebido…
        O que há para perceber quando alguém escreve pérolas como esta?: “Não tarda teremos esta irresponsabilidade aqui.”
        Tu é que disseste que gostavas muito de imitar os outros (“Nós, os portugueses, gostamos muito de imitar os outros”) e, parecia mesmo que estavas a imitar aqueles “experts” que gostam de dizer mal de tudo e todos – principalmente do que desconhecem!..

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