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Terrace Male, o último leão do deserto, abatido por desconhecidos na Namíbia

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Desert Lion Project

Terrace Male, o último leão do deserto

Terrace Male, o último leão do deserto

Um raro leão do deserto, conhecido por percorrer grandes distâncias na envolvência do rio Cunene, entre Angola e a Namíbia, foi abatido por desconhecidos, informou hoje à Lusa fonte do Desert Lion Project, que o monitorizava.

Tido como um exemplar único e ameaçado, o animal, de sete anos, terá sido morto a tiro a 24 de agosto, junto à localidade namibiana de Tomakas, na província de Kunene, a cerca de cem quilómetros da fronteira com a província angolana do Namibe.

Segundo informação da organização Desert Lion Project, que monitorizava o comportamento do felino via satélite, através de uma coleira que lhe tinha sido colocada há dois anos, as leoas que o acompanhavam colocaram-se em fuga, dividindo-se, possivelmente “perturbadas”.

O colar-satélite que o animal, baptizado originalmente de Terrace Male, transportava foi encontrado, queimado, a cerca de cem metros da sua carcaça, com os ambientalistas a denunciarem uma tentativa de ocultar as provas do seu abate.

Desert Lion Project

O Terrace Male jaz morto

Terrace Male jaz morto

“Este é um desenvolvimento lamentável”, admitiu fonte da Desert Lion Project, recordando a “valiosa informação” que a monitorização deste leão permitiu recolher e admitindo “preocupação” com a conservação de outros animais em perigo nesta região praticamente desértica.

“Foi um leão notável. Com a ajuda das novas tecnologias tivemos uma janela de oportunidade para aprender uma vasta informação sobre como estes leões vivem num ambiente extremo”, reconhece a organização.

Durante os 762 dias em que o seu comportamento foi monitorizado, este leão percorreu uma área superior a 40 quilómetros quadrados, entre o norte da Namíbia e o sul de Angola. Viajou neste período quase 13.000 quilómetros e por dia chegava a percorrer entre 50 a 70 quilómetros.

“Estas estatísticas excederam todos os registos conhecidos no movimento de leões em África, por uma margem significativa”, remata a informação da Desert Lion Project.

/Lusa

3 Comments

  1. Triste demais, para quem adora a natureza, é chocante, não consigo saber o porquê desta atitudes, é diabólico, matar por prazer e ainda por cima espécies em vias de extinção, penso que neste caso são os locais pois como não querem trabalho e são indiferentes a este continente grandioso que se chama áfrica, fazem isto porque são esterco, apenas isso.

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