Nova terapia “curou” as células de ratos após um ataque cardíaco (e pode revolucionar a Medicina)

Menos de 1% das células dos músculos cardíacos conseguem regenerar-se, o que deixa os sobreviventes a ataques cardíacos numa situação frágil. Uma nova técnica teve resultados promissores em ratos na resolução do problema.

Um novo estudo publicado na Journal of Cardiovascular Aging (aqui e aqui) detalha o desenvolvimento de uma nova técnica que pode revolucionar a Medicina e “curar” as células do coração após um ataque cardíaco.

Até agora, o método foi apenas testado em ratos, mas se funcionar também em humanos, pode reparar e regenerar as células e salvar as vidas de que já tiver passado por um ataque cardíaco.

A técnica usa o mRNA para criar uma desenhar as sequências de ADN que o corpo usa para fazer as proteínas que formam e regulam as nossas células. Ao editarem o mRNA, os cientistas conseguiram promover a produção de réplicas de células dos músculos do coração e fazer com que estas células, que têm poucas capacidades de regeneração, se comportem mais como células estaminais.

“Ninguém conseguiu fazer isto neste nível e achamos que pode ser um tratamento possível para humanos”, revela o biólogo Robert Schwartz.

Menos de 1% das células de músculos cardíacos nos adultos se conseguem regenerar, o que leva a que os sobreviventes de ataques cardíacos fiquem num estado mais fragilizado, escreve o Science Alert.

Nas experiências com culturas de tecidos e também em ratos vivos, o método desenvolvido pela equipa conseguiu promover o crescimento dos órgãos e pode revolucionar os tratamentos e a qualidade de vida dos doentes cardíacos.

O mRNA sintético que foi acrescentado às células desapareceu em poucos dias, assim o mRNA que o nosso corpo produz naturalmente. Isto é uma vantagem desta técnica sobre outras terapias de genes semelhantes que não podem ser tão paradas tão facilmente.

Ainda não se sabe se esta abordagem pode ser replicada com sucesso em humanos, mas a equipa de investigadores está confiante de que sim.

ZAP //

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