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Tempestade solar vai causar perturbações geomagnéticas até ao fim do mês

NASA

Uma corrente de vento solar chega à Terra esta quinta-feira. O fenómeno, que nas próximas duas semanas irá causar perturbações geomagnéticas, pode afetar as telecomunicações e provocar efeitos naturais como auroras boreais, segundo informou a Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM).

O diretor do Laboratório Nacional de Clima Espacial do Instituto de Geofísica da UNAM, Américo González Esparza, explicou que entre os dias 14 e 18 de março o planeta pode experimentar falhas nas telecomunicações por causa do vento solar de uma tempestade geomagnética de intensidade moderada que se originou no Sol há 27 dias.

Segundo o Mail Online, a tempestade solar coincide com o fenómeno de formação de fissuras no campo magnético da Terra durante o equinócio de primavera que ocorre a 20 de março.

Estas fissuras diminuem a proteção natural do planeta contra as partículas carregadas provenientes de erupções solares. Com o campo magnético enfraquecido, as partículas podem também afetar voos comerciais e causar erros nos sistemas GPS.

A tempestade geomagnética que se espera a partir desta quarta-feira tem origem em estruturas chamadas “buracos coronais“, que giram no eixo do Sol. Neste caso, a estrutura formou-se há 27 dias, o tempo que demorou para chegar à Terra.

Desses buracos sai o vento solar, que também tem interações com o campo geomagnético do nosso planeta, produzindo fenómenos como as auroras boreais, assim como algumas alterações menores nas telecomunicações.

O especialista comparou o fenómeno a “um tremor de magnitude 4 ou 5”, ou seja, um evento comum que ocorre cerca de 300 vezes num ciclo solar – onze anos.

O cientista aproveitou para lembrar que é preciso estar alerta para as tempestades solares apesar de a última ter ocorrido há 160 anos. Essa tempestade gerou grandes interrupções na comunicação telegráfica numa época em não havia telemóveis ou serviços de geolocalização.

“Foi conhecida como o evento Carrington e o próximo poderia ocorrer dentro de 50, 30 ou em dois anos, não sabemos. A nível mundial, estes eventos servem para nos concertarmos na forma de atuar”, comentou o especialista.

ZAP // EFE

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