A tecnologia das Bombas Voadoras v-1 nazis pode agora mudar o jogo no combate aéreo

Wave Engine

Sistema de propulsão da Wave Engine testado num planador

A startup norte-americana Wave Engine Corp testou com sucesso um motor inovador que usa ondas de pressão para gerar propulsão, em vez das típicas componentes rotativas das turbinas convencionais.

Inspirado nos motores de propulsão a jato desenvolvidos pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, este novo design promete ser mais eficiente e consumir menos combustível, representando uma opção promissora para propulsionar as aeronaves do futuro.

Recentemente, a Wave Engine Corp divulgou um vídeo de apresentação do seu motor, instalado num drone Scitor-D, uma réplica em escala do mítico avião de ataque A-10.

O vídeo mostra o drone, que pesa cerca de 50 kg e tem uma carga útil máxima de 10 quilos, a acelerar, levantar voo, executar várias manobras no ar e aterrar com sucesso.

Originalmente, os motores de propulsão a jato foram usados pelos nazis para nas famigeradas bombas voadoras V-1, conhecidas pelo seu zumbido característico.

Estes dispositivos, predecessores dos mísseis de cruzeiro modernos, causaram terror e destruição com os seus bombardeamentos no Reino Unido e outras partes da Europa nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial.

Os motores de propulsão a jato têm poucas partes móveis e funcionam através de combustão em pulsos, explica o El Confidencial.

Nestes motores, a mistura de combustível e ar é queimada num tubo, gerando gases quentes que são expelidos para trás, criando propulsão. Após cada pulso, a pressão interna diminui, gerando vácuo —  que suga mais ar, permitindo que o ciclo se repita.

Esta tecnologia permite uma estrutura simples e leve, que consome menos combustível, embora tradicionalmente ofereça pouca potência e produza muito ruído. Contudo, a Wave Engine afirma ter melhorado significativamente esta tecnologia.

Ao contrário de motores que usam válvulas mecânicas, o sistema da Wave Engine é controlado por um computador, que regula o desempenho do motor, usando um tubo de admissão curto como válvula.

Nos últimos testes, os motores da Wave Engine alcançaram velocidades superiores a 300 km/h, estando os resultados limitados apenas pela capacidade das instalações de teste.

A empresa salienta também a versatilidade dos seus motores, que podem operar com diferentes tipos de combustível, incluindo gasolina, combustível de aviação  e biocombustível de etanol.

“Estamos constantemente a ultrapassar os limites do desempenho e da aviação”, afirmou Daanish Maqbool, diretor-geral da Wave Engine, citado pelo New Atlas. “Dedicámos anos a desenvolver o potencial do som e do fogo, e acreditamos que esta abordagem irá revolucionar o setor“.

ZAP //

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