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Taxas de juro: “ainda não é tempo de gritar vitória”, apesar da descida da inflação

Stephen Jaffe / IMF / Flickr

Christine Lagarde, presidente do BCE

Christine Lagarde, presidente do BCE

Taxas de juro ficaram inalteradas após 10 subidas consecutivas para travar a elevada taxa de inflação, mas o BCE está numa fase “vigilante e concentrada” e quer esperar para ver efeito da subida das taxas de juro na economia.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse, esta terça-feira, em Berlim que dada a dimensão dos aumentos das taxas de juro até agora, será dado algum tempo para ver o seu efeito na economia.

“Dada a escala do nosso aperto monetário, agora podemos dar-lhe algum tempo para se desenvolver”, afirmou Lagarde ao discursar sobre a inflação e a democracia, num evento organizado pelo Ministério das Finanças alemão.

Lagarde considerou, no entanto, que “ainda não é tempo de gritar vitória”, apesar da descida da inflação na zona euro.

“Podemos agir de novo se constatarmos que há riscos crescentes de não atingir o nosso objetivo de inflação”, de 2% a médio prazo, avisou a presidente do BCE.

“Estamos numa fase (…) que eu caracterizaria como sendo vigilante e concentrada”, acrescentou Lagarde, ao admitir que a inflação “diminuiu consideravelmente” na zona euro.

O BCE deixou as taxas de juro inalteradas na sua última reunião de política monetária, em outubro, após 10 subidas consecutivas para travar a elevada taxa de inflação.

Apesar de a inflação ter recuado para 2,9% na zona euro em outubro, já mais perto do objetivo do BCE, a presidente da instituição afirmou que não é de esperar cortes nas taxas de juro em breve. O nível atual das taxas “mantido durante um tempo suficientemente longo, contribuirá para levar a inflação ao nosso objetivo no momento pretendido”, declarou.

“A viagem ainda não terminou e temos que terminar esta viagem”, disse Lagarde.

// Lusa

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