Tânger Corrêa conta episódio estranho em debate. E algo que “é mentira!”, interrompeu Catarina Martins

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Imigração volta a exaltar ânimos, no último debate rumo às eleições europeias. Vila Nova de Milfontes foi o cenário.

A manhã desta segunda-feira, no início da última semana de campanha das europeias, está a ser marcada pelo debate nas rádios Antena 1, TSF, Renascença e Observador.

Neste último encontro, estão todos os cabeças-de-lista dos partidos que têm pelo menos um deputado na Assembleia da República portuguesa.

Um deles é António Tânger Corrêa. O cabeça-de-lista do Chega contou um episódio que deixou dúvidas no ar.

Vila Nova de Milfontes foi o cenário. Tânger Corrêa já tinha dito que há pessoas com medo, que têm de sair desta vila alentejana porque não têm condições de vida.

O foco era, novamente, a imigração.

O candidato do Chega revelou que viu uma cena num centro comercial em Vila Nova de Milfontes. Nesse centro comercial, entre mais de 30 lojas, apenas 2 lojas pertencem a proprietárias portuguesas.

“E estavam cinco indivíduos à porta a fazer pressão para que aquelas duas senhoras saíssem do centro comercial. Uma das senhoras até contou que não conseguia dormir noites a fio por causa da pressão que lhe faziam” – indivíduos imigrantes, aparentemente.

“Isso é inaceitável no nosso país. Por muito que queiramos integrar os imigrantes, dar-lhes boas condições de vida, não podemos deixar que os portugueses sofram com essa imigração. Há que equilibrar estes dois parâmetros”, dizia Tânger Corrêa.

Até que foi questionado: mas que tipo de pressão? “Era dia e noite. Quando entravam, quando saíam, sempre a serem alvo de ameaças“, respondeu.

O candidato não assistiu a nada mas revelou que uma das proprietárias portuguesas “denunciou a situação várias vezes, mas a polícia disse que praticamente não podia fazer nada”.

Aí, Marta Temido (PS) exibiu uma reacção facial espontânea, estranhando esta parte do relato.

Enquanto o candidato do Chega continuava: “O que nos preocupa muito é que os portugueses se sintam mal no seu país“.

Quando foi a sua vez de falar, João Cotrim de Figueiredo (IL) deixou um alerta: o Chega estava a falar como se houvesse um “problema de ordem pública, de coacção, associado a imigrantes”.

“Não me venha dizer que não há portugueses a fazer o mesmo em centros comerciais”, continuou o liberal.

Para Cotrim de Figueiredo, o que interessa é discutir porque a polícia não actuou: “Foi coacção sobre as forças de segurança, não estão devidamente equipadas, ou não dão importância ao assunto?”.

António Tânger Corrêa reagiu com uma frase curta: “Estava meramente a reportar aquilo que vi”.

“É mentira!”

Quase em simultâneo, e também quando se falava sobre imigração, o candidato do Chega disse que “há 400 mil imigrantes à espera de serem registados e de entrarem no mercado de trabalho“.

“Isso é mentira!”, interrompeu Catarina Martins. A candidata do BE disse depois que esses 400 mil – “que até já serão mais” – estão à espera de regularização, mas estão a trabalhar. “Algumas estão a trabalhar há anos!“, assegurou.

“Essa ideia, com o objectivo de passar o medo, é mentirosa”, reforçou Catarina Martins.

Ainda sobre o assunto anterior, do centro comercial em Vila Nova de Milfontes, a cabeça-de-lista do BE avisou que representantes de um partido deveriam denunciar a situação; logo no momento, não na comunicação social mais tarde.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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10 Comments

  1. O chega ir buscar este espécime do tânger correia para as suas hostes, só se compreende por ser realmente um partido que atrai tudo o que há de podre na sociedade. Veja-se o vergonhoso percurso deste “cavalheiro” como embaixador, pelos vários locais onde passou e constate-se as “peripécias” da figura que de facto, só mesmo no chega poderia continuar a sua lastimável vida politica!

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  2. Este Tanger é um cromo mais parvo que o seu líder. Acho que muitos votantes do Chega ainda nem perceberam que é ele que vai para o PE, não o Ventura.

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  3. Isto com o Tanger não vai a lado nenhum. Já com qualquer dos outros vai ser uma festarola e daqui a uns anos estamos no topo da Europa… Aliás o que vem acontecendo cada vez mais nos últimos anos.
    Não há dúvida que os mais de 10.000 euros que eles “limpam” todos os meses até é pouco para o muito que produzem.
    E viva a democracia!

  4. Ao contrário da esquerda, estes senhores não falam mal da União Europeia. Uma vez eleitos através dos votos de cada um, têm toda a legitimidade para estar lá. Já os “vermelhos”, que estão sempre a criticar a Europa, e tudo o que a Direita fez, esses aí é que querem tacho, esses é que não merecem ganhar tanto mensalmente.

    Mas parece que o mundo é mais desses palhaços do que de gente honesta. Ah, já agora, deixem a AD, o Chega e esses partidos fazer o bem por Portugal, e não cocem tanto os cotovelos, cuidado.

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  5. Engraçado ver a pandilha de bot’s que anda por aqui. Um até já assina como Lucinda, para fazer de conta que é a “Outra” Lucinda que escreve aqui com ideias bem distintas desta.
    Um fartote de rir com estes bonecos.

  6. A imigração, tema tabu, xenófobo e racista que apenas o Chega ousava chamar a atenção para o seu descontrolo, só agora, após algum contacto com o povo e maior atenção pelos temas fraturantes na sociedade portuguesa e europeia, passou a ser falado pelos políticos e comentadeiros deixando de ser um tema tabu, xenófobo e racista. Estes e muitos outros temas demonstram o problema da bafienta política portuguesa que tem governado o país, em que o politicamente correto predomina em detrimento do efetivamente necessário.

  7. Pela primeira vez estou de acordo com um comentário desta “Lucinda”…
    Será que esta é a mesma que costuma vomitar anormalidades por aqui?!

  8. Com declarações daquelas do politicamente correto, mas afastadas do mundo real, levam a uma mudança do sentido de voto em quem fala mais de acordo com a vivência das pessoas. E depois não se queixem, armam-se em vítimas do Ch…. Sejam crescidos e sérios

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