Oak Ridge National Laboratory - ORNL
Foram necessários 250 dias para fazer berquélio suficiente para a criação do elemento 117.
A Tabela Periódica vai aumentar. Uma equipa de cientistas confirmou a existência do elemento 117 – para já, não tem ainda nome oficial, tendo-lhe sido atribuído um número para ser mais facilmente identificado. A descoberta foi feita em 2010, por um grupo de investigadores russos e americanos, mas apenas agora foi confirmada.
E porquê 117? Porque diz respeito ao número de protões que podem ser encontrados no núcleo de um átomo deste elemento. E é por possuir esta quantidade de protões que estamos perante um elemento mais pesado, ou seja, extremamente instável e de existência difícil de comprovar.
Os elementos com mais de 104 protões são considerados como superpesados. Até à data, todos os que foram identificados possuem vidas curtas. Porém, foi teorizado que estes elementos pertencem à “ilha da estabilidade” da tabela periódica, onde se encontram os elementos mais estáveis.
Para ser oficializado, o novo elemento precisava de ser replicado por uma segunda equipa de cientistas. Quatro anos após a descoberta, o 117, ou Ununséptio, foi criado após os investigadores terem feito colidir dois elementos já existentes – o berquélio, de número atómico 97, e iões de cálcio, de número atómico 20 -, pode ler-se no IFL Science.
A descoberta abre caminho para uma percepção mais exaustiva desta classe de elementos, e para a descoberta de outros. Em entrevista ao IFL Science, David Hinde, professor da Universidade da Austrália, afirmou que «criar o elemento 117 está no limite do que é possível actualmente».
CG/ZAP
