Pelo menos 259 pessoas morreram, desde o início do ano, devido ao surto de febre amarela no Brasil, descrito como um dos maiores das últimas décadas no país, anunciou o Ministério da Saúde.
Desde o início do surto, em dezembro passado, até à passada quarta-feira, dia 10, foram confirmadas 259 mortes devido à febre-amarela, em 116 municípios do país, estando ainda a ser investigados outros 47 óbitos, enquanto 115 foram descartados por se deverem a outras causas.
Este é o maior surto de febre amarela das últimas décadas no Brasil, que segundo o Ministério da Saúde regista já actualmente 756 casos confirmados e outros potenciais 622 sob análise.
Os estados mais afectados pelo surto são Minas Gerais e Espírito Santo, com 488 e 234 casos confirmados, respectivamente.
Do total de 3.175 notificações recebidas pelos organismos de saúde, quase metade (1.797) foram, com efeito, descartadas após análises laboratoriais, especifica o mais recente boletim do Ministério da Saúde, citado pela imprensa brasileira.
A febre amarela é uma doença viral aguda cujos sintomas, na maior parte dos casos, incluem febre, calafrios, perda de apetite, náuseas, dores de cabeça e dores musculares, principalmente nas costas. Os sintomas geralmente melhoram ao fim de cinco dias.
Em alguns casos, um dia depois de os sintomas melhorarem a febre regressa, juntamente com dores abdominais, e as lesões no fígado provocam icterícia. Nessas circunstâncias, aumenta o risco de insuficiência renal.
A doença é causada pelo vírus da febre amarela, um vírus ARN do género Flavivirus, e é transmitida pela picada de um mosquito fêmea infectado da espécie Aedes aegypti – que transmite, entre outras doenças graves, a dengue, zika e chikungunya. Ocorre principalmente na América do Sul e Central, e em alguns países africanos.
