Investigação revela que submarino nuclear dos EUA colidiu com uma montanha subaquática

A colisão subaquática que feriu 11 membros da tripulação de um submarino a propulsão nuclear dos Estados Unidos, no mês passado, foi causada por uma montanha subaquática não cartografada.

O submarino de ataque rápido USS Connecticut (SSN 22) da classe Seawolf atingiu um objeto, na tarde de 2 de outubro, enquanto operava em águas internacionais na região Indo-Pacífico.

Agora, uma investigação levada a cabo pela Marinha norte-americana concluiu que a colisão, no Mar da China Meridional, foi causada por uma montanha subaquática não cartografada.

Segundo o NPR, o vice-almirante Karl Thomas, comandante da 7ª Frota, irá agora ponderar “se as ações de seguimento – incluindo a responsabilização – são apropriadas”, sugerindo que um erro humano pode ter desempenhado, de alguma forma, um papel no acidente.

Apesar de alguns membros da tripulação terem sofrido ferimentos e a estrutura do submarino alguns danos, a instalação de propulsão nuclear não foi atingida e ninguém morreu no acidente.

O acidente aconteceu num momento muito sensível nas relações entre os Estados Unidos e a China. Na altura, os militares chineses estavam a enviar aeronaves para a Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan.

Em 2005, uma montanha submarina perto de Guam também foi a responsável por uma colisão, quando o USS San Francisco colidiu com ela.

Os investigadores acreditam que há mais de 100 mil montanhas subaquáticas com cerca de 1.000 metros, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica. A maioria delas terão sido formadas por vulcões submarinos.

Os cientistas sugerem que são muito comuns nas bacias oceânicas e criam habitats que são pontos quentes biológicos, uma vez que albergam uma vasta gama de vida marinha.