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O Spotify está a adicionar “artistas fantasma” às nossas playlists

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LeWeb14 / Flickr

Daniel Ek, fundador do Spotify.

Na sua playlist, sem que o saiba, podem estar músicas de artistas que… não existem. Programa interno secreto do Spotify dará prioridade a música barata e genérica.

No livro “Mood Machine: The Rise of Spotify and the Costs of the Perfect Playlist” (A ascensão do Spotify e os custos da lista de reprodução perfeita), Liz Pelly acusa o Spotify de promover os chamados “artistas fantasma” para evitar pagar os direitos de autor a artistas reais.

A plataforma de música sueca teria um programa chamado “Perfect Fit Content” ou PFC, que não só envolvia uma rede de empresas de produção afiliadas que criavam toneladas de “stock muzak de baixo orçamento” para a plataforma, mas também uma equipa de funcionários que colocava sub-repticiamente faixas dessas empresas nas listas de reprodução selecionadas do Spotify, conta a Futurism.

“Ao fazê-lo estão efetivamente a trabalhar para aumentar a percentagem do total de fluxos de música que é mais barata para a plataforma“, escreve Pelly, que teve como fontes internas ex-funcionários da plataforma.

De acordo com a autora, mais de 150 listas de reprodução com títulos como “Deep Focus”, “Cocktail Jazz” e “Morning Stretch” eram em 2023 preenchidas quase exclusivamente por conteúdos PFC.

“Não é justo”, comentaram fontes da autora, que garantem: “alguns de nós não se sentiam bem com o que estava a acontecer”.

Um músico de jazz com quem Pelly falou e que trabalhava como compositor de música ambiente para um dos parceiros PFC do Spotify disse mesmo que lhe foi oferecida uma taxa inicial de algumas centenas de euros e que lhe foi dito que não teria os direitos de autor da faixa. “Estou a vender a minha propriedade intelectual essencialmente por amendoins”, disse o músico.

De acordo com o livro, o Spotify faz isto apenas para evitar pagar royalties (direitos de autor) extremamente pequenos a artistas reais que, geralmente, só ganham uma fração de um cêntimo porcada streaming.

Não admira, portanto, que o CEO Daniel Ektenha escrito no X, no início deste ano que “o custo de criação de conteúdo” é agora “próximo de zero”.

ZAP //

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1 Comment

  1. Particularmente acho esse aplicativo uma grande porcaria e as pessoas deveriam fazer as suas playlists personalizadas sem precisar recorrer a este engodo que é o spotify. Sejam mais criativos.

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