Sousa Cintra concedeu a anulação da cláusula de confidencialidade imposta a Jorge Jesus no momento da rescisão. Desta forma, cai também a possibilidade de qualquer das partes requerer indemnização – que poderia ascender a 10 milhões.
Jorge Jesus pediu a Sousa Cintra, atual presidente do Sporting, que lhe anulasse a cláusula de confidencialidade imposta por Bruno de Carvalho no momento em que deixou o comando técnico do Sporting. Sousa Cintra concordou e o aditamento à rescisão deve ser assinado já nos próximos dias, avança o Jornal Económico.
“Mandei anular isso. Já caiu a cláusula de confidencialidade”, disse o presidente da Sporting SAD, confirmando que anulou o pacto de silêncio a pedido de Jorge Jesus. “Só falta assinar”, continuou Sousa Cintra.
O contrato de confidencialidade, que agora vai ser anulado, obrigava qualquer das partes – membros da SAD e antigo treinador – ao pagamento de dez milhões de euros caso o acordo fosse quebrado. A clausula impedia falar sobre factos, acontecimentos, administradores da SAD, situações no balneário ou reuniões com responsáveis do clube.
Nos termos previstos, esta cláusula só cessaria em 2023. Quando saiu, o Sporting não impôs ao treinador a cláusula anti-rivais – que permite ao treinador assinar pelo Benfica ou pelo FC Porto -, mas o pacto de confidencialidade foi necessário para a saída de Jesus.
No início desta semana, Jesus concedeu uma entrevista ao Correio da Manhã, na qual revelou que tinha feito este pedido a Sousa Cintra. “Fiz esse pedido”, admitiu o técnico do Al Hilal, que se encontra atualmente em estágio na Áustria. “Não sei se depende só dele, mas espero que possa ajudar”.
Na mesma entrevista, o técnico disse ainda que a equipa não devia ter jogado a final da Taça de Portugal e que o atual presidente fez tudo para que voltasse ao Sporting.