Uma solução bizarra para a crise climática junta algas e (muito) cocó

A pesquisa indica que usar algas pode cortar em quase metade a emissão de metano no estrume das vacas leiteiras, que são das principais culpadas pelas alterações climáticas,

Um novo estudo publicado na Frontiers in Sustainable Food Systems relata uma possível solução bizarra para as alterações climáticas.

Os cientistas suecos descobriram que podem cortar os gases com efeito de estufa emitidos pelo estrume de vacas leiteiras em quase metade, desde que criem uma mistura com algas.

Cerca de um terço das emissões globais de metano – um dos piores gases de efeito estufa – vem do gado. Os animais ruminantes, como bovinos e caprinos, têm estômagos com quatro câmaras que lhes permitem digerir os seus alimentos sem os mastigarem adequadamente. O metano é libertado quando estes animais arrotam e quando o seu estrume se decompõe.

Já se sabe há algum tempo que a inclusão de algas na dieta das vacas pode reduzir as emissões de metano nos seus arrotos. O novo estudo focou-se no gás que saiu pelo outro lado, explica o Science Focus.

As algas em causa são plumas-do-mar vermelhas e são frequentemente encontradas em águas quentes e tropicais. São inibidores naturais de metano, bloqueando a geração do gás graças a um composto chamado bromofórmio.

A pesquisa também descobriu que suplementar as dietas das vacas com as algas teve resultados positivos. No entanto, aponta que esta não é atualmente uma solução totalmente adequada para as emissões de vacas leiteiras, já que estas algas podem aumentar os níveis de iodo no leite que os animais produzem.

O consumo de leite ou carne destas vacas pode provocar um excesso de iodo no corpo humano, que está associado a problemas na tiróide.

O estudo-piloto envolveu apenas quatro vacas e estes são apenas os primeiros passos — já promissores — no uso de inibidores naturais de metano em grande escala na produção de gado.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.