Hitler e os soldados alemães injectavam sémen, esteróides e cocktails de drogas

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Adolf Hitler vivia num estado de euforia motivada pelas drogas e por injecções com sémen e hormonas animais. Dados divulgados num novo livro de cariz histórico que apurou ainda que os soldados Nazis combatiam sob o efeito de um percursor das metanfetaminas.

“Der totale Rausch – Drogen im Dritten Reich” [“A Adrenalina total – Drogas no Terceiro Reich” em português], numa referência à máxima Nazi da “guerra total”, foi lançado na Alemanha no passado 10 de Setembro e é o resultado de uma investigação de cinco anos feita pelo premiado jornalista alemão Norman Ohler, de 45 anos.

O escritor teve acesso aos arquivos federais da Alemanha e dos EUA, nomeadamente a gravações privadas do médico pessoal de Hitler, Theodor Morrell, conhecido como “O Mestre de Injecções” do “Reich”.

“O abuso de drogas na Alemanha Nazi era bastante chocante“, revela Norman Ohler em entrevista à Deutsche Welle.

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O jornalista e escritor alemão Norman Ohler

O jornalista e escritor alemão Norman Ohler

O Pervitin, medicamento considerado um percursor da metanfetamina, “era fortemente usado no exército alemão”, diz o escritor.

“Hitler não usava Pervitin; ele estava nos esteróides – injectavam-lhe hormonas animais na corrente sanguínea”, conta.

Mais tarde, Hitler terá passado para o Eukodal, um primo farmacêutico da heroína..

Hitler adorava Eukodal“, conta Norman Ohler à DW.

O jornalista constata que o ditador pretendia estar sempre num estado “eufórico, mesmo quando a realidade não era nada eufórica”.

“Os generais não paravam de lhe dizer: ‘Precisamos de mudar a nossa táctica. Precisamos de acabar com isto. Vamos perder a guerra.’ E ele não queria ouvir”, conta o escritor.

Ma Hitler “tinha o Dr. Morell, que lhe dava as drogas que o faziam sentir invulnerável e no controle da situação”, acrescenta.

O escritor mantém que Hitler vivia sob o efeito de 82 tipos de medicamentos diferentes e que, em 1944, terá injectado um “cocktail” que incluía testosterona, sémen e glândulas da próstata de touros jovens.

Quanto às tropas germânicas, Norman Ohler apurou que, entre 1939 e 1945, os soldados consumiram mais de 200 milhões de comprimidos de Pervitin.

Este medicamento estaria “livremente disponível” até 1939 e seria uma “droga de eleição” em Berlim, tomado “como as pessoas que bebem café para aumentar a energia”, nota o jornalista.

“Berlim era uma cozinha de drogas à Breaking Bad para Hitler e os nazis, muito antes de a série de TV ter sido idealizada”, descobriu Norman Ohler na sua investigação, realçando que o consumo de Pervitin era “socialmente aceitável”.

“Chocolates com metanfetaminas eram comercializados para tornar o dia-a-dia mais fácil e as tarefas domésticas das mulheres menos árduas”, constata.

Aos soldados, o Pervitin permitia-lhes lutar durante mais horas e com menos comida, além de os manter mais alerta, o que ajuda a explicar a força do exército alemão, de acordo com Norman Ohler.

O medicamento foi declarado proscrito e ilegal em 1941, mas a sua distribuição no exército continuou, em muitos casos por debaixo da mesa, refere o jornalista.

Ohler realça que os soldados britânicos e norte-americanos que combateram na II Guerra Mundial também terão usado drogas, nomeadamente anfetaminas.

“Os alemães começaram com as drogas no exército, mas outros países seguiram-nos”, conclui.

SV, ZAP

8 Comments

  1. Gostava que me explicassem, já que posso estar errado, como é a reação do sistema imunitário quando injetamos sémen (no fundo proteínas) e “glândulas da próstata” diretamente na corrente sanguínea.

    Com exclusão da testosterona para mim esta notícia esta eivada de babosices.

  2. Por nada entender de medicina, pergunto: se tivessem injectado sémen nos militares do sexo feminino, correriam a perigo de engravidar? A Eva Braun não ficou mas também não se sabe se foi injectada.

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