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O Sistema Solar poderá vir a ter um segundo Sol

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Casey Reed / NASA

A anã laranja Gliese 710 vai cruzar as fronteiras gravitacionais do nosso Sistema Solar dentro de cerca de 1,3 milhões de anos, segundo um relatório publicado por investigadores da missão Gaia da Agência Espacial Europeia.

Segundo os astrofísicos da agência espacial europeia, ESA, a estrela aproximar-se-à a apenas cerca de 16 mil unidades astronómicas do Sol, o que equivale à distância entre o Sol e a nuvem de Oort, localizada na área mais remota do Sistema Solar.

Enquanto o Sistema Solar se move pela Galáxia ao mesmo tempo que outras estrelas traçam o seu próprio percurso, encontros “próximos” tornam-se cada vez mais inevitáveis. Mesmo que “próximos” continue a significar a muitos milhares de milhões de quilómetros de distância.

A aproximação entre as duas estrelas vai provocar o aparecimento de flutuações gravitacionais das órbitas dos cometas que se encontram dentro da nuvem de Oort, enquanto algumas delas serão movidas para o interior do nosso Sistema Solar.

A “visita” de Gliese vai causar a maior perturbação gravitacional da história. OS cientistas acreditam que os percursos são os responsáveis pelas “chuvas de estrela” que, de vez em quando, se podem observar nos céus, mas também acreditam que tem o potencial de pôr em rota de colisão com a Terra ou outros planetas um meteoro.

A estrela Gliese 710 está situada na cauda da constelação de Serpens. É uma anã laranja do tipo K7V com uma temperatura efetiva de 4.130 K (cerca de 3.850 graus Celsius).

Tem uma massa equivalente a 60% do Sol e move-se a uma velocidade de cerca de 50 mil quilómetros por hora, em comparação com a média de 100 mil quilómetros do Sol. Além disso, a luminosidade é de apenas 4,2 % do Sol.

ZAP // Sputnik / ESA

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