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Não há garantias. Sem vacina, “será difícil” haver Jogos Olímpicos em 2021

Kimimasa Mayama / EPA

O presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos do Japão afirmou que o evento será cancelado se a pandemia não estiver sob controlo e propôs que a cerimónia de encerramento seja eliminada para reduzir despesas.

Em entrevista ao jornal desportivo japonês “Nikkan Sports”, Yoshiro Mori afirmou que se a pandemia ainda estiver em andamento “os Jogos terão de ser cancelados”.

Não há outro adiamento para além de 2021 e, se não forem realizados naquele ano, não haverá outra solução senão cancelar os Jogos, explicou.

“Não estou a dizer que o Japão deva ou não acolher os Jogos, mas isso será difícil de fazer, a não ser que se encontre uma vacina eficaz até lá. Caso contrário, será difícil realizar os Jogos Olímpicos no Japão”, disse Yokokura, citado pelo Tribuna Expresso.

O presidente do comité organizador de Tóquio 2020 propôs que a cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos e a cerimónia de abertura dos Jogos Paraolímpicos sejam eliminadas para reduzir despesas.

A proposta de Mori é realizar uma cerimónia de abertura geral no início dos JO, programada para começar em 23 de julho de 2021, e outra cerimónia de encerramento, também geral, no final das Paraolimpíadas, que terminará em 5 de setembro.

O organizador veterano admitiu que não é uma mudança fácil, pois ainda não sabem se os comités olímpicos e paralímpicos internacionais estão de acordo ou o que fariam com os bilhetes já vendidos das cerimónias que seriam eliminadas.

“Espero que todos os envolvidos percebam que adiamento para 2021 é o primeiro na história das Olimpíadas”, lembrou Mori, que afirmou não saber qual será o custo económico adicional causado por esse adiamento.

O Japão já terá gasto 12 mil milhões de euros na preparação do evento.

Na mesa entrevista, Yoshiro Mori também se manifestou contra o levantamento do estado de emergência no seu país, em vigor até 6 de maio.

ZAP // Lusa

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