Uma nova investigação, levada a cabo por cientistas da Universidade do Estado do Michigan, nos Estados Unidos, revelou que as plantas encontraram formas de lidar com os dias mais curtos e, portanto, com menos sol.
As plantas têm vários sistemas para lidar com a variação da duração dos dias, o que, por sua vez, pode ajudar a desenvolver novas variedades de culturas capazes de crescer em diferentes climas. Esta é a conclusão do mais recente estudo realizado por cientistas da Universidade do Estado do Michigan, nos EUA.
Nesta investigação, a equipa concentrou-se na planta Camelina sativa, um modelo de cultura de sementes oleaginosas, e concluiu que, ao longo da sua evolução, as plantas adaptaram-se para alterar a forma como utilizam a sua energia, consoante a quantidade de luz do dia que recebem.
Quando os dias são mais curtos, as plantas têm menos tempo para fazer a fotossíntese, pelo que têm de ser mais eficientes com a luz solar que recebem. Elas fazem-no aumentando a sua taxa fotossintética e reduzindo a sua taxa de respiração.
Segundo o Phys, como mecanismo adicional, as plantas armazenam mais açúcar sob a forma de amido durante o dia, de modo a terem energia para utilizar durante a noite, que é mais longa. Além disso, também abrandam a troca de metabolitos entre os seus vacúolos e outros compartimentos celulares, o que as ajuda a manter o seu equilíbrio de carbono durante a noite.
Ao compreender melhor a biologia das plantas, os cientistas poderão criar, no futuro, novas culturas mais produtivas e resistentes às alterações climáticas ou à mudança de zonas de cultivo.
O artigo científico com as mais recentes descobertas foi publicado na Plant Physiology.