“Secretas” portuguesas identificaram jovens que seguiram o jihadismo

(dr) Dabiq Magazine

Guerrilheiros do Estado Islâmico

O Serviço de Informação e Segurança identificou, no ano passado, jovens que desenvolveram processos de radicalização online, através de propaganda jihadista.

Os dados constam no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo a 2021, divulgado esta quarta-feira e citado pelo Público.

A criminalidade subiu 0,9%, embora os crimes violentos e graves tenham descido 6,9%. O ministro da Administração Interna realça, ainda assim, que Portugal continua um dos “países mais seguros do mundo”.

O relatório sublinha que a crise pandémica impulsionou um consumo intensivo de propaganda jihadista a nível mundial.

“Em Portugal, esse fenómeno também se fez sentir, tendo sido sinalizados casos de jovens que, durante o período de confinamento, desenvolveram rápidos processos de radicalização online, através de propaganda jihadista e do alargamento da sua rede de contactos internacionais, realizado nas plataformas de comunicação/serviços e redes sociais”, lê-se no documento.

Este fenómeno não é propriamente inédito no nosso país. Já o Relatório Anual de Segurança Interna de 2020 falava em “riscos de radicalização violenta online de jovens portugueses”.

Apesar do “potencial lesivo para segurança interna” dos casos identificados, o relatório reforça que “o nível de ameaça em Portugal do terrorismo de matriz islamista não sofreu alterações no ano em análise”.

A extrema-direita aproveitou, assim, a situação de confinamento durante a pandemia para apostar em “propaganda, desinformação e teorias da conspiração” e aproximar-se do “universo dos movimentos negacionistas”.

O relatório aponta que, para os criminosos, Portugal é muitas vezes visto “como um local tranquilo para residir ou investir, afastado dos seus habituais centros de atuação”.

Paralelamente, a delinquência juvenil aumentou 7,3%, com destaque para os casos de cariz sexual. “Foram identificados vários casos, nomeadamente de abuso sexual de crianças e pornografia de menores, em que os autores foram indivíduos menores de 16 anos”, lê-se no documento citado pelo jornal Público.

O fenómeno dos gangues também tem registado um aumento significativo. Na Área Metropolitana de Lisboa, por exemplo, estão identificados 12 grupos que reúnem 255 delinquentes. “Seguem o ideal proposto pelos mais velhos e replicam o modus vivendi destes, também ao nível do hip-hop”, repara o RASI de 2021.

ZAP //

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