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Secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos demite-se

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Jim Lo Scalzo / EPA

A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kirstjen Nielsen, demitiu-se do cargo, anunciou o presidente norte-americano, Donald Trump.

Na rede social Twitter, o presidente dos Estados Unidos revelou que Kirstjen Nielsen será substituída por Kevin McAleenan, até aqui comissário responsável pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras do país.

Segundo a Associated Press, o pedido de demissão de Kirstjen Nielsen surge na sequência de uma viagem com o presidente dos Estados Unidos à fronteira sul do país e da constatação da presença massiva de estrangeiros que tentam entrar no país.

Em março, numa audição no congresso norte-americano, a secretária de Segurança Interna insistiu que a crise na fronteira com o México é real e não é fabricada.

“Não se enganem: Esta corrente de miséria humana está a piorar. (…) “Vi as populações vulneráveis. Esta é uma verdadeira crise humanitária que o sistema está a permitir. Temos de mudar as leis”, disse a representante da administração dos EUA.

De acordo com o Washington Post, que ouviu fontes próximas do processo, Trump e Nielsen estiveram reunidos este domingo na Casa Branca. Terá sido neste encontro, que não fazia parte da agenda oficial do Presidente dos EUA, que terá sido fechada a saída da secretária de Segurança Interna.

Citada pelo Post, uma outra fonte próxima de Nielsen apontou que a Secretária de Segurança Interna terá sido despedida. “Nielsen não entrou na Casa Branca com a ideia de apresentar a demissão“, garante. Versão esta que vai em sentido oposto à que é apresentada pela Associated Press.

Tal como nota o Observador, esta é a segunda baixa em apenas três dias na equipa que lida diretamente com o dossier da imigração na Administração Trump. Na sexta-feira, o Chefe de Estado norte-americano deixou cair Ronald Vitiello, que liderava o Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos e que iria viajar com o Presidente nesse mesmo dia para a fronteira com o México, onde iria até discursar.

Dezenas de milhares de famílias estão a atravessar de forma irregular a fronteira todos os meses, o que implica uma sobrecarga dos recursos. Em fevereiro passado, mais de 76.000 migrantes foram detidos, mais do dobro do que no mesmo período do ano passado.

A construção de um muro na fronteira com o México, como solução para travar a imigração ilegal, foi uma das mais simbólicas promessas da campanha presidencial de Trump nas eleições de 2016.

ZAP // Lusa

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