Num parlamento onde a esquerda e a extrema-direita têm o maior peso, Macron elegeu um dos seus “fiéis” — Sébastien Lecornu é de centro-direita e já estava no governo de Bayrou.
Emmanuel Macron já escolheu um novo primeiro-ministro, após a demissão de François Bayrou: Sébastien Lecornu, que desde o ano passado desempenhava funções como ministro da Defesa (em França, o ministro das Forças Armadas).
A decisão, ainda que aclamada pelo centro-direita, corrente a que Lecornu pertence, não foi bem recebida pela esquerda e extrema-direita — duas fações que, juntas, têm maioria no Parlamento.
No X, Marine Le Pen, líder da União Nacional, critica Macron, que acusa de “disparar o último tiro do macronismo“.
A decisão é rejeitada também pela esquerda. Jean-Luc Mélenchon, dirigente da França Insubmissa, escreveu que “só a saída do próprio Macron poderá pôr fim a esta triste comédia de desprezo pelo Parlamento”.
Os franceses especulavam sobre a nomeação de um primeiro-ministro mais à esquerda, uma vez que a Nova Frente Popular (coligação de esquerda) é o partido com mais assentos na Assembleia em França, o que já tinha sido problemático aquando da escolha do antigo primeiro-ministro que apresentou a sua demissão esta terça-feira, François Bayrou, também de centro-direita e um aliado de Macron.
A decisão foi tomada de rajada. Segundo noticia o Le Monde, não houve espaço para consultas prévias no Eliseu (residência oficial do Presidente da República) nem discurso solene do chefe de Estado aos franceses. O presidente francês tinha já rejeitado a hipótese de eleições antecipadas.
Lecornu tem 39 anos e, de acordo com a France24, terá como prioridade obter um consenso para um novo orçamento, antes de formar governo — caso contrário a dívida pública que tem disparado em França pode agravar-se.
Le cornu! Bate certo … É o último a saber.
Ei, Macarron, vai levar uns açoites da tua avó e volta para a caixa do teu banco!
Sebastião o cornudo, é tradução á letra do nome deste manjerico. Só pelo nome, já tenho fé que seja ele a salvar a França.