O “sapo Wolverine” parte os seus próprios ossos para revelar garras afiadas

Emőke Dénes / Wikimedia

Trichobatrachus robustus

O Trichobatrachus robustus, também conhecido por “sapo Wolverine” parte os próprios ossos para expor umas garras nos membros traseiros.

Os sapos são criaturas viscosas que causam repugna em muitas pessoas. No entanto, muitos de nós não considerariam os sapos como sendo anfíbios assustadores. Talvez porque ainda não conheceu o Trichobatrachus robustus.

Encontrado na Nigéria, República Democrática do Congo, Camarões, Guiné Equatorial, Gabão e possivelmente Angola, o chamado “sapo Wolverine” faz jus à personagem da Marvel. Quando esta espécie de sapo peludo é quando encurralada, parte os seus próprios ossos para revelar um trunfo da manga: umas garras afiadas.

T. robustus consegue ser bastante perigoso e é por isso que os caçadores camaroneses usam longas lanças e catanas para matar os sapos para alimento.

Os machos do também conhecido como “sapo do horror” têm uma espécie de pelos no corpo e nas coxas durante a época de reprodução. No entanto, na realidade não são pelos, mas sim papilas dérmicas com numerosos vasos sanguíneos, que funcionam quase como as guelras de um peixe. Elas ajudam-nos a ingerir mais oxigénio através da sua pele.

Ainda assim, o mais interessante são mesmo as garras que inspiram o seu nome. Encontradas apenas nas patas traseiras, estas garras feitas de osso estão conectadas ao músculo.

Quando o animal é atacado, contrai esse músculo, revelando as garras. As pontas afiadas desprendem-se das pontas ósseas, cortando a ponta do pé e emergindo na parte inferior, descreve o site ZME Science.

Ao contrário do que possa pensar, estes sapos não usam as suas garras para caçar. Os sapos machos usam as garras para se agarrar a rochas e outras superfícies e escalá-las. O “sapo Wolverine” come principalmente insetos e moluscos, como lesmas e caracóis.

Nunca ninguém viu este sapo retrair as garras. Como não há músculos que voltem a colocá-las de volta para dentro, os cientistas acreditam que assim que saiam uma vez, ficam para sempre de fora. No entanto, os anfíbios curam-se rapidamente, pelo que o tecido pode até ser restaurado. Ainda é um mistério.

ZAP //

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