Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém reabre quarta-feira

Abir Sultan / EPA

Túmulo de Jesus, na Igreja do Santo Sepúlcro, em Jerusalém

Os líderes cristãos anunciaram que vão reabrir a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém após as autoridades israelitas terem suspenso um plano que previa o pagamento de impostos às propriedades da igreja na cidade santa.

As principais congregações, incluindo as igrejas católica romana e grega ortodoxa, anunciaram que o local de culto vai reabrir na manhã de quarta-feira após ter estado encerrado durante três dias em protesto contra o plano do município israelita de Jerusalém.

A Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local onde os cristãos acreditam que Jesus foi crucificado e ressuscitou após a morte. É um dos locais mais visitados da Terra Santa, e o seu encerramento ocorreu apenas algumas semanas antes da ativa época pascal.

O Santo Sepulcro de Jerusalé tinha sido encerrado no domingo por tempo indeterminado por ordem das principais igrejas cristãs.  A iniciativa foi um protesto contra a decisão israelita de obrigar as igrejas a pagarem um imposto sobre bens imóveis, do qual estão isentas há décadas.

Numa conferência em frente ao santuário, o local mais sagrado do cristianismo, Theophilos III, o patriarca de Jerusalém, Francesco Patton, custódio de Terra Santa, e Nourhan Manougian, patriarca Arménio da cidade, leram um comunicado de protesto e anunciaram o encerramento do templo.

Segundo aqueles religiosos, há uma campanha contra os cristãos que “chegou recentemente a um nível sem precedentes, com as escandalosas ordens da câmara de Jerusalém de sequestrar os bens das igrejas, propriedades e contas bancárias, de modo a fazer frente a impostos municipais punitivos”.

líderes das Igrejas responsáveis pelo São Sepulcro e o Status Quo dos diferentes lugares sagrados cristãos em Jerusalém – o Patriarcado greco-ortodoxo, a Custódia da Terra Santa e o Patriarcado Arménio – acompanhamos com grande preocupação a campanha sistemática contra as igrejas e as comunidades cristãs na Terra Santa”.

As principais vítimas dessas decisões, advertiram, foram “as famílias pobres, que ficaram sem comida e casa, e as crianças, que vão deixar de poder ir à escola”.

ZAP // Lusa

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