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Drácula tinha razão. Transfusões de sangue jovem podem ajudar a rejuvenescer

Transfusões de sangue jovem podem ajudar a combater o envelhecimento. Uma equipa de cientistas identificou duas proteínas rejuvenescedoras do cérebro em sangue jovem.

As transfusões de sangue jovem são um tópico que tem causado grande controvérsia na comunidade científica, com vários cientistas a dividirem-se no que toca à sua viabilidade como tratamento médico. Um estudo publicado no mês passado na revista PNAS mostra que estas transfusões podem ajudar a combater o envelhecimento.

As transfusões de sangue jovem já tinham sido associadas ao rejuvenescimento, sem, no entanto, grandes provas científicas — até agora. Foram agora encontradas duas proteínas no sangue jovem que ajudam a rejuvenescer estruturas importantes dos neurónios.

De acordo com o New Scientist, testes provaram que as transfusões resultaram num aumento cognitivo em animais velhos, nomeadamente em ratos. A equipa descobriu que o soro sanguíneo dos ratos jovens tinha um efeito profundo nos neurónios, levando a que as células criem mais sinapses. Em contrapartida, o soro sanguíneo dos ratos velhos não teve efeito nenhum quando administrado em ratos jovens.

O sangue dos ratos jovens era rico em duas proteínas: THBS4 e SPARCL1, que desempenham um importante papel no crescimento e organização de células. Ao aplicarem estas proteínas específicas em neurónios humanos verificaram o mesmo efeito que nos ratos.

Segundo Thomas Fath, da Universidade de Macquarie, a investigação permitiu revelar duas novas proteínas que não se sabia terem efeitos de aumento cognitivo. As possibilidades que derivam desta descoberta são várias, desde um envelhecimento saudável ao uso destas proteínas para tratar doenças neurodegenerativas.

Algumas clínicas privadas já ofereciam transfusões de sangue jovem. As transfusões são vendidas por mais de 6.700 euros cada injeção. “Não tenho condições para dizer que nos dará a imortalidade, mas estamos muito perto”, afirmou em 2017, Karmazin, o fundador da startup californiana Ambrosia. Agora, outras poderão seguir-se, mas desta vez já com uma maior base científica.

ZAP //

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