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Salamandra rara ficou sem se mexer durante sete anos

IvanaOK / Canva

Proteus anguinus.

Uma salamandra da espécie Proteus anguinus ficou sete anos sem sair do mesmo sítio. Este anfíbio é conhecido por raramente se mexer e viver até aos 100 anos.

Existem diversas espécies de salamandras que vivem durante muito tempo. Entre esses anfíbios que vivem muito, tem um que se destaca: o proteus, da espécie Proteus anguinus. Este é um anfíbio cego que vive em águas subterrâneas.

Estas salamandras podem viver cem anos. O proteus já tinha sido estudado em laboratório, mas foi pouco observado no seu habitat natural. Já se sabia que estes anfíbios moviam-se pouco.

Mas agora, ao documentar o movimento deles em cavernas na região Oriental da Herzegovina, os investigadores confirmaram que a espécie pode mover-se menos de dez metros durante uma década.

O destaque vai para um dos espécimes, que não se moveu durante sete anos. A equipa de cientistas foi liderada por Gergely Balázs da Eötvös Loránd University.

Os proteus não são animais gregários, não têm predadores e podem ficar sem se alimentar durante anos. O cardápio escasso é composto por pequenos crustáceos e, ocasionalmente, insetos. Além disso, proteus são cegos e vivem na escuridão total na água.

O que faz com que estes animais se movam é a altura de se reproduzirem, mas isso pode acontecer cerca de uma vez a cada 12 anos e meio.

Os movimentos dos proteus foram acompanhados durante oito anos. De acordo com o estudo publicado em janeiro na revista científica Journal of Zoology, a biologia de espécies que habitam em cavernas é pouco estudada por causa da logística. A maior parte dos estudos sobre proteus é realizada em laboratório. Isto representa uma falta de informação biológica de populações a viver nos seus habitats naturais.

Os ecossistemas de cavernas aquáticas são importantes para ecologistas evolucionários, como um sistema que recebeu pouca atenção. Além disso, é preciso compreender melhor os benefícios ecológicos deste ecossistema para além das cavernas, incluindo o acesso das pessoas à água fresca, destaca o estudo.

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