Saia de casa. A sua mente agradece

Passar tempo na natureza, mesmo que sejam apenas 10 minutos, produz benefícios de curto prazo em adultos com doenças mentais.

A nova meta-análise analisou 30 anos de investigações publicadas sobre os efeitos sociais, mentais e físicos da exposição à natureza, nomeadamente a natureza urbana.

Além de reduzir o stress, foram vários os estudos que demonstraram que passar tempo no exterior melhora o pensamento e o humor.

Dos 14.168 estudos que atenderam aos critérios iniciais, a equipa de cientistas focou-se em 45 estudos, que incluíram um total de 1.492 participantes adultos com uma doença mental diagnosticada.

A quantidade de tempo que os participantes passaram na natureza variou de estudo para estudo, sendo que alguns participantes passaram apenas 10 minutos num parque citadino, enquanto outros passaram vários dias em experiências imersivas na natureza.

Algumas investigações utilizaram exposição intervalada à natureza, períodos de tempo mais curtos, várias vezes por semana ou por mês.

Outras centraram-se em períodos mais longos de exposição contínua e imersiva. Independentemente das diferentes durações e padrões de exposição à natureza, os resultados foram sempre positivos.

“Dez minutos na natureza urbana são muito menos intimidadores, caros e demorados para pessoas que não têm tempo, recursos, interesse, apoio ou equipamento para se aventurar na natureza durante vários dias ou semanas”, escreveram os autores, citados pelo EurekAlert.

A análise sugere que espaços ao ar livre com água – como rios, lagos ou oceanos — e atividades de acampamento, agricultura e jardinagem tiveram o maior efeito positivo. Natureza urbana, montanhas e florestas também ofereceram efeitos significativos.

Além disso, independentemente do tipo de doença mental diagnosticada, a exposição à natureza mostrou melhorias estatisticamente significativas de curto prazo nos sintomas. Os efeitos positivos pareceram ainda maiores para os participantes diagnosticados com transtornos de humor, como depressão ou transtorno bipolar.

O artigo científico com as descobertas foi publicado, este mês, na Ecopsychology.

ZAP //

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